Hoje é um dia triste para o Rubber Chicken. Gostamos de ideias prometedoras e fazemos figas para que todos os jogos sejam um sucesso. Talvez pensem que os críticos estão sempre impacientes para dizer mal de um jogo mas na realidade é o contrário que se passa. Somos críticos que gostam do acto de jogar. Eu, sempre que jogo com o meu bloco de notas no colo, sinto um prazer enorme quando posso escrever coisas boas.

Lego Universe era um projecto fabuloso no papel. Como a própria Lego chegou a afirmar, a visão era de algo maior a tudo o que a Lego já fizera no digital e criar algo digno da imensidão da história do produto físico. Uma equipa de mais de 100 pessoas passou 4 anos a produzir este título com uma enorme preocupação com o que achavam tanto as crianças como os adultos, chamados várias vezes a participar no processo de criação do jogo. O melhor do jogo era a possibilidade de criar o que quiséssemos com todas as peças de Lego mas outras características como as quests, as mecânicas de jogo e os mini-jogos não foram tão bem recebidas, nem tão bem conseguidas. O jogo recebeu uma adesão muito fraca enquanto foi pago para jogar e mesmo quando conseguiu 2 milhões de jogadores ao passar a gratuito com conteúdos premium, não conseguiu reunir subscrições pagas suficientes para suportar os custos.

É impossível não traçar um paralelismo com Minecraft. Cada vez que uma nova criação como cenários de Red Dead Redemption ou mundos de Zelda aparecem na criação de Notch, fazem “capa” de tudo quanto é site de videojogos. Mas se percorrerem as criações de Lego Universe vão encontrar autênticas obras de arte que nunca receberam tempo de antena. Porque um resulta e o outro não? Bom tópico para discussão.

A verdade é que este poderia ter sido um grande universo criativo mas acabou por não resultar. Resta-nos um vídeo de despedida e muitos vídeos de homenagem aos últimos momentos que estão a espalhar-se pela web. Agora, é arrumar as peças todas na caixa.

Não te atires. Há sempre a Traveller's Tales.