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Colónia, nas vésperas da Gamescom, recebeu o evento Disney Infinity 3.0, ou, para ser fiel aos factos, o “Star Wars Infinity ”. Na verdade, falou-se um pouco de Disney, de Marvel e dos restantes mundos sob a égide daquela companhia. O facto é que o que eles na verdade queriam mostrar era Star Wars, muito Star Wars e ainda mais Star Wars.

Findas que estão as correrias do evento, é tempo de deixar alguns apontamentos, acerca da apresentação da Disney.

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A primeira nota que quero aqui deixar é que descobri para a Disney há algo que parece preocupá-la tanto, ou quase tanto, como ter sucesso, a, vulgarmente designada, igualdade de géneros. Para ser sincero neste momento, de forma como as coisas foram apresentadas, não sei se as duas serão assim tão diferentes. Este gigante do entretenimento, de uma cajadada está a matar os proverbiais dois coelhos. Não só cai nas boas graças do tribunal das redes sociais ao colocar mais personagens femininas nos seus mundos, como toma de assalto o mercado de videojogos feminino, se é que tal assim se pode chamar. (Há nichos que nasceram naturalmente, outros são criados pelo mercado, outros não deveriam existir sequer.) Opções nada acidentais. O que se vê é uma grande produtora a furar estereótipos… ou não. Será que uma personagem feminina, para ser forte tem que comportar-se como um homem? Temo estar a erguer a minha própria pira, mas é algo que não consigo tirar da cabeça. Trata-se creio, de uma política trabalhada e pensada com objectivos muito concretos que, contudo, é algo reactiva e, pelo menos, nesta apresentação, dada a repetitiva veemência, soou quase apologética.

A segunda nota tem a ver com a “plataforma” Disney Infinities 3.0 per se, tal como foi apresentada e denominada por John Vignocchi. Deixo aqui alguns outros aspectos que vos podem interessar:

Trata-se de uma experiência multi-plataformas ou inter-plataformas em tempo real. Quero com isto dizer (algo que nos foi transmitido durante o hands on da demo do jogo) que podem jogar em Android, iOs, PC, Xbox, PS4 e Wii, continuamente e com a mesma conta. (Os saves ficam em cloud) Saltando de uma para outra plataforma o que, a confirmar-me, se me perguntam, é uma ideia brilhante. Não me perguntem se têm que pagar por cada plataforma.rebels08

Um jogo de Star Wars em que de facto se pilotam naves no espaço – mandem o memo à EA , se faz favor.

Personagens Star Wars de todo o cânone actual.

Forward compatibility. Se já têm o 1.0 e/ou o 2.0 podem continuar a jogar. Isto chama-se ter integridade nos negócios, mas não deixa de ser uma boa noticia. Também significa que o coleccionadores podem começar a preparar as carteiras.

Farming mode, ou modo de lavrador – porque a vida não é só ver a menina do Tron aos sopapos com o Rato Mikey. Quanto a isto não digo mais o que quer que seja.

Modo Caixa de brinquedos (Toybox) onde é tudo ao molho e fé na força. O nome não podia ser mais apropriado, as bolas que saírem do saco, figurativamente falando é claro, são as que jogam. A (fêmea de rato) Mini pode lutar contra o Darth Vader ou contra o Olaf do Frozen

Speedway Racing – Mario Kart, mas da Disney (juro que não sei qual é o original).

Em jeito de conclusão, confesso que fiquei interessado no projecto, se calhar porque sou um fã de Star Wars, mas também porque, penso, é ecléctico o suficiente para agradar a vários públicos, pequenos ou graúdos. Fica aqui o trailer: