The Book of Unwritten Tales 2 (TBoUT2) foi um jogo já comentado e analisado pelo Ricardo aqui e aqui, apesar de quando ele o fez ainda estarem fase de antevisões e premonições ele falou muito bem dele. E não posso discordar do que ele diz que resumidamente é que esta aventura gráfica é fantástica e com um humor muito acima da média dos jogos deste estilo que saíram nos últimos anos. Há apenas uma correcção que devo fazer ao segundo artigo, que é o facto de ser um exclusivo PC… já não é.

BoU2

TBoUT2 já está completo e foi colocado à venda para Xbox One (versão testada) e PS4 desde 22 de Setembro de 2015. Ora é mesmo sobre essa versão que venho falar.

Eu não vou estar a analisar o jogo em si porque não vou acrescentar nada ao que já foi dito antes. O único factor que vou focar é em ser uma versão XBox vs PC.

Graficamente… é preciso dizer? Todos sabemos que o PC (dependendo do PC obviamente) vai ser sempre superior, um dia talvez as consolas consigam rivalizar um bom PC de jogos, mas para já, não têm assunto para discutir, não estão na mesma liga.

Vamos ao que interessa mesmo, a jogabilidade. Eu já fui um grande fã de aventuras point and click. Continuo a gostar mas não tanto, não sei se é porque já não tenho paciência ou se é porque os jogos já não me enchem as medidas por serem mais básicos que os clássicos. TBoUT2 é óptimo tanto em enredo como em enigmas e humor, aí não tenho nada a apontar, mas tenho na questão do interface. Eu já disse em outros textos que sou maioritariamente um jogador de PC e Nintendo, as outras consolas nunca entraram em minha casa, até me terem emprestado esta Xbox One, e se calhar é preconceito da minha parte mas acho que este é um tipo de jogo que não funciona em consola.

hammer_and_screw

Eu admito que se calhar estou errado, mas acredito piamente em utilizar a ferramenta certa para cada trabalho. Se eu vou jogar um RPG clássico, FPS (é raro mas é só um exemplo) ou jogo de estratégia 4x ou semelhantes, teclado e rato são o interface ideal (também admito touch screen no último caso). Já um simulador de corrida, à falta de um volante e pedaleira, o comando de consola é melhor que teclas e rato, assim como num beat’em up, simulador de futebol, e outros.

Agora um point and click? O interface ideal está no nome do estilo de jogo. E apesar de parecer uma picuinhice, acreditem, que faz muita diferença.

Portanto se querem The Book of Unwritten Tales 2 (e isso nem sequer é uma questão porque devem sempre querer) comprem para PC. A não ser que pensem que é prático cavar batatas com uma cana de pesca.

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