*Nota:

No primeiro Foi bom, não foi? o Miguel fala em Chocobos e descreve-os como galináceos, ora eu propus que vocês, leitores do Rubber como galináceos superiores na escala evolucionária que são, fossem chamados Chocobosses.

Se será aceite ou não, não sei. Mas é só para avisar que me vou dirigir a vossas excelências e verdadeiros patrões, como Chocobosses.

Obrigado, pela atenção

Fim da nota*

Pois é, as minhas aventuras galácticas continuam, e eu ando mais contente, porque já sentia falta de naves, quase tanto como estou farto de zombies. Depois de ter testado um simulador espacial, apareceu-me este Rebel Galaxy à frente e é brutal! Tem falhas, mas é tão bom!

Assim como possivelmente qualquer simulador em que o jogador tem liberdade de acção fora da missão principal este também tem muito de Firefly, e eu vou-me queixar?

Não! Até porque Rebel Galaxy consegue em grande parte ser mais Firefly que Firefly, e isso é top!

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Rebel Galaxy está disponível desde dia 20 de Outubro e se não têm paciência para ler mais e querem saber só se vale a pena comprar, sim vale. Eu acho que sim, e por vários aspectos.

Vou tirar do caminho o único aspecto mau que encontrei até agora, que mesmo assim não é muito mau. O modo campanha é um bocado cliché. Somos o herdeiro(a) de uma tia. Que está viva. Tecnicamente não somos herdeiros então… Bem… Voltando atrás:

A nossa tia deu-nos uma espécie de calhambeque espacial (mais uma vez baptizei a menina de A.R.I.E.S. e aprendi que não se deve partir garrafas de espumante no monitor nessa cerimónia) e um objecto misterioso. Nós vamos até à fronteira do espaço (pensem em westerns, onde os renegados exploram os confins do território, mas no espaço) onde a tiazinha fez fortuna e a partir daí andamos à procura dela, investigamos o objecto e conhecemos as personagens mais duvidosas galáxia. O que é tudo muito divertido e porreiríssimo, mas já foi visto antes.

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Podemos andar de um lado para outro e fazer o que queremos. As missões secundárias, e até a principal, têm habitualmente mais que um modo de resolução, do mais pacífico ao mais agressivo ou até mentiroso. Tudo vai depender da nossa… ah… cena… como é que se chama aquilo… a cena que as pessoas normais têm… coiso… consciência! É isso! E moral. Ou falta das mesmas.

Por exemplo: Podemos ser contratados para acabar com um pirata, chegamos ao local onde ele costuma estar e convencemos o tipo a acalmar-se uns tempos, pagamos uma pequena quantia e quando voltamos à base dizemos que ele foi destruído, recebemos a recompensa.

Pode não parecer bonito, mas vamos ver isto de uma perspectiva prática: Não temos que pagar reparações na nave, ganhamos pontos com a facção do pirata que implica menos ataques aleatórios e até ocasional ajuda deles, portanto não só é mais barato como é um investimento a longo prazo. Agora se ele ataca o pessoal que nos pagou ou não é indiferente, eu não tenciono voltar lá.

Mais coisinhas boas que podem encontrar em Rebel Galaxy? O universo é gerado de um modo aleatório. Ou seja, o jogo vai ser sempre diferente. E as naves que são fantásticas, tanto em desenho como em nível de customização.

Falando em naves, vamos aos meus dois pontos-chave deste jogo. Ou três? Dois. E meio. Controlo da nave e combate. Rebel Galaxy é um jogo de acção e nesse ponto não falha, apesar de naves gigantes são extremamente ágeis e o combate é um dos meus estilos favoritos: Broadsiders! Canhões laterais à antiga.

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Este aspecto pode não agradar a muita gente porque torna o jogo menos 3D. A nossa nave está numa espécie de linha de água virtual e não sobe ou desce daí. É como se controlássemos um barco (no espaço) os caças podem andar em qualquer direcção, mas os couraçados não. E para mim está óptimo. Isso quer dizer que os comandos são simplificados, e eficazes. O rato controla a visão, e meia dúzia de teclas a velocidade e direcção da embarcação. E é só isso. Simples, eficaz, excelente!

Os combates são rápidos, e são feitos para sentirmos a emoção da luta e “sentir” os canhões a disparar, e os que nos acertam.

EXPLODE!

O aspecto final que torna este jogo brilhante é a sua banda sonora. Chocobosses, a sério, tirando alguns clássicos como Legend of Zelda, Super Mario e mais um ou outro, nunca pensei comprar a banda sonora de um jogo. Até agora. É brilhante, enquadra-se perfeitamente no ambiente e… oiçam só isto:

Não é excelente?

Não tenho mais nada a dizer a não ser que se não se importam com a falta de controlo 3D real, gostam de acção espacial, broadsiders, boa música e horas e mais horas e mais horas de jogo onde podem fazer o que vos apetecer desde ser piratas a contrabandistas, transportadores a mercenários ou simplesmente vaguear no espaço, comprem!