23 de Abril de 2016

Marquem esta data nos vossos calendários, esqueçam Daredevil, Batman V. Superman, Legends of Tomorrow, Deadpool, X-Men ou seja o que for. A noticia mais importante do ano foi anunciada na semana passada, ROBOT WARS está de volta!

Alguns podem lembrar-se de Battlebots que era transmitido pela Sic Radical no inicio do milénio, a cópia americana desse fenómeno de televisão onde podíamos ver peças de engenharia mecânica telecomandada destruírem-se uns aos outros numa arena enjaulada. Para quem não conhece, pensem UFC mas com robots. Ou vejam este vídeo:

Inspirado nesta maravilha que alegra o meu coração por estar de volta, hoje vou falar de Robot Arena 2 : Design and Destroy (RA2) feito pela Gabriel Entertainment e distribuído pela Infogrames em 2003. Nem me vou dar ao trabalho de falar do primeiro porque era muito mais limitado, este sim era o jogo a sério.

Apesar de não ter tido uma comercialização em massa (numa altura em que não havia vendas digitais) este jogo foi muito bem recebido pela sua comunidade, os fãs de Battlebots e Robot Wars.

Este é um jogo que conseguiu juntar um gosto de criação ao meu prazer de destruição. Até fiquei mais a gostar de construir.

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RA2 é o pacote completo. Parte do jogo passamos a criar o nosso bot, desenhamos toda a estrutura com (quase) total liberdade tridimensional, escolhemos os componentes, colocamos, ligamos, decoramos, testamos. Quando estamos contentes levamos para a Arena para destruir ou ser destruído. Acreditem que muitas criações minhas foram destruídas sem dó nem piedade.

Ao contrário do primeiro jogo não há limite de crédito, as peças são ilimitadas dentro do limite de peso. Sim, tal e qual como nas lutas humanas há categorias, não podemos ter um robot de 70kg lutar contra um de 250kg.

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Uma componente que eu adoro em RA2, é a mecânica, aprendi muito com ele. Polaridades, eixos, física no geral. Aprendi quantos amperes são necessários para mover 100kg de aço e componentes com uma velocidade considerável, e que motores dedicados a cada roda ajudam mais a manobrabilidadade do que tracção às 4 rodas num AudiQuattro.

Tal e qual numa luta há três maneiras de ganhar em RA2, imobilização do adversário por destruição total ou prendendo-o para uma contagem, por exemplo virando ao contrário de modo a que não se mova. Ou por pontos se não existir um vencedor claro.

Criei bots gigantes com serras giratórias, lança-chamas, tenazes, e tudo o que podia imaginar, e depois decidi que devia ir pelas leis da física, a natureza bate sempre o artificial, fui melhorando-o aos poucos, mesmo depois de vitórias. Há sempre espaço para melhorias. Criei uma máquina quase imparável. Não me lembro que nome lhe dei, era algo parvo tipo King Slayer ou qualquer estupidez dessas. Mas não vou contar pormenores de design porque está anunciado para 2016 uma sequela, Robot Arena 3! Espero que tenham uma opção multiplayer onde possivelmente vou-me encontrar com alguns leitores e dar-lhes a provar o amargo sabor da derrota e lágrimas!

Este é um jogo que puxa pela imaginação a um nível incrível. Qual de nós nunca quis desenhar e construir um robot destruidor para conquistar o mundo?

Eu já, todos os dias!

Até lá, para aguçar o apetite deixo-vos com um vídeo de RA2. Imaginem quão melhor vai ser uma versão actual!