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Quem lê os meus artigos sabe que gosto mais de investigar e de escrever artigos sobre a História dos videojogos. Mas quando vi pela primeira vez imagens do Never Gone, um sentimento de nostalgia transportou-me de imediato para a primeira vez que vi esse grande marco da história dos videojogos que é o Castlevania!

Em Never Gone os Vampiros estão de volta e o mundo está envolto numa cruzada conhecida com a 2ª Guerra Santa. Tal como em Castlevania, encontramos aqui o ambiente sombrio típico dos filmes clássicos de terror: os castelos, as masmorras… e as animações… são BRUTAIS!

Quem conhece a série Castlevania e em especial o Symphony of the Night na  Playstation 1 sabe exactamente do que estou a falar. Uma forma simples de resumir o que esperar deste Never Gone é dizer que o mesmo faz uma mistura perfeita entre as características RPG de Devil May Cry e a diversão de um beat-em-up 2D bem polido como Castlevania: Symphony of the Night!

Será preciso dizer mais?

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Não farei spoilers falando sobre a história do jogo pois acredito que quem gosta de a explorar, só após ter jogado na íntegra irá comparar a sua experiência e a informação reunida com os restantes jogadores e quem, como eu, quer é “andar à porrada”, isso pouco interessa! Se estiveram atentos ao que leram vão perceber que neste momento já mencionei mais vezes o nome Castlevania que o Never Gone, mas isso não é mau, muito pelo contrário.

Neste género, compara-los é como pegar num jogador da 3ª divisão Islandesa e dizer que é quase tão bom como o Ronaldo! E agora vem a parte do “quase”, e neste jogo são vários os “quases” que na soma fazem de Never Gone quase um grande jogo.

Desde a Nintendo Advance SP que não tenho uma consola portátil e só recentemente tive o meu primeiro smartphone. Como seria de esperar de um gamer que se preze, a primeira coisa que fiz foi instalar jogos (e não me estou a referir aos Candy Crush ou Pokémon GO).

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Uma das coisas que mais me chateia nos jogos em smartphones é o facto de jogar com os dedos no ecrã acabando por tapar uma boa parte do mesmo. Em Never Gone, apesar da acção se passar no centro do ecrã e do meu ter apenas 4 polegadas, por diversas vezes dei por mim a pensar como seria bom este jogo numa consola ou num PC.

Outro dos grandes “quases” é algo que neste momento, com muita pena minha, se tornou o ganha-pão das editoras de jogos mobile: refiro-me às compras integradas.

Como em qualquer RPG, a perícia e o griding andam de mãos dadas, e neste jogo isso não é excepção já que estas são características essenciais para termos qualquer hipótese de progredir. Contudo, fica a sensação que por mais experiência que tenhamos e por mais fortes que sejamos nunca vamos estar há altura, sem abrir os cordões à bolsa.

Os níveis são curtos mas bons e após alguns teremos de defrontar um boss e aí é que as coisas se complicam. Tal como estamos habituados neste tipo de jogos, há que reconhecer padrões, estar bem equipado de armamento e poções e estar 100% concentrado!

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Se todo o esforço e concentração não forem suficientes e morrermos, temos a hipótese de usar algumas das nossas preciosas gemas ou optar por voltar ao mapa e recomeçar o nível perdendo tudo o que usamos na luta.

Never Gone poderia facilmente ser um grande jogo, mas pelo caminho incerto que seguiu, sendo gratuito mas coagindo o jogador a abrir os cordões à bolsa e tendo optado por smartphones em detrimento dos PCs ou consolas, Never Gone é um quase grande jogo.