C’um caneco! Depois do meu artigo O Demo de Pokémon Sun & Moon julguei que a série se estava a perder para sempre. Bem, depois de jogar uma quantidade substancial de Pokémon Moon nos intervalos da minha vida, fiquei verdadeiramente surpreendido com a qualidade aparente deste jogo!

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Um desviar claro do rumo da série é óbvio com a sua cutscene inicial e primeiras horas com uma longa introdução à história do novo jogo da série. Há ritmo e intriga (ainda que rapidamente desapareça), há uma compreensão do que funcionava bem e funcionava mal na fórmula usual e uma preocupação em inovar a fórmula da série, sem comprometer o sentimento geral.

Caros. Os HMs terminaram. Digam adeus aos HM slaves, já não têm qualquer utilidade. Estes foram substituídos por um pager que permite chamar ao domicílio Pokémon para prestação de serviços, como transportar-nos pela água, transportar-nos a uma maior velocidade pelo terreno destruindo rochas, deslocar-nos aereamente pelas ilhas Alola. E este serviço não é só os HMs que vem substituir, existem alguns elementos como o itemfinder (ou dowsing machine) que foram transpostos para o farejar de um Stoutland, que também nos faz deslocar pelo mapa à velocidade de uma bicicleta ou patins em linha!

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Os crachás de ginásio também desapareceram. Foram substituídos pelas island trials: provas variadas que apurarão o verdadeiro treinador de Pokémon. Cada uma destas provas está associada a um tipo e o concluir de cada uma delas dá direito a um Z-Crystal desse tipo. Existem portanto 18 trials distribuídas pelas quatro ilhas sendo que uma das várias trials de cada ilha é a Grand-Trial, de dificuldade aumentada. Estas trazem uma maior variedade não só à fórmula usual mas também às batalhas decisivas do jogo, associando um pequeno mini-jogo ou tarefa. Regra geral, as batalhas consistem em batalhar Pokémon totem, que terão aumentos de stats e outros efeitos que os tornam mais poderosos e têm também a capacidade de chamar outros Pokémon para nos derrubar. A dificuldade é claramente aumentada, porém, não é que as batalhas de ginásio fossem justas em primeiro lugar. Isto traz mais dificuldade e mais tempero ao que se vinha a tornar um trabalho e não uma diversão.

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Apesar de estar a gostar, esta nova iteração de Pokémon (e o facto de a estar a jogar junto à data de lançamento) fez-me voltar a entender o quão frustrante pode ser não conhecer os novos monstros de bolso. Há determinadas coisas que espectamos (como por exemplo, o nível em que o Pokémon inicial evolui) mas há outras que não: maldita hora em que decidi adicionar Salandit à minha equipa (e chamar-lhe Calavera, em homenagem ao nosso querido Manny) para depois descobrir (20 níveis de treino depois) que só o Salandit fêmea é que evolui. Que desilusão.

E claro, há sempre espaço para os velhos amigos. A ilha onde começamos consiste maioritariamente em Pokémon de primeira geração, que traz de volta as velhas memórias e abre espaço para novas, com a possibilidade de adicionar à nossa equipa bichos que nunca foram nossos. É o caso do Magnemite, que aparece na minha equipa com o nome Tron! E claro, para terminar de enunciar a minha equipa, tenho de retirar tudo o que disse relativamente à foca palhaço. Acho que não gostava de um inicial há tanto tempo!

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