Ataque dos Clones #37

É um estereótipo dos filmes pornográficos (disse-me um amigo meu que conhece bastante bem a indústria do porn) e uma cena reutilizada à exaustão: Um plano de uma porta, alguém toca à campainha. Uma senhora de robe vai abri-la, do outro lado está um entregador de pizzas. Devido a problemas de desmagnetização do cartão de débito a senhora fica sem forma de pagar a dita pizza. O entregador sugere um método de pagamento alternativo, a senhora aceita. Começa uma música com uma batida compassada e um saxofone, talvez do Kenny G, quem sabe. A acção tem início.

“Sabes quem é Deliziosa e também dá para ser comida?” – Mario, em Mario Pizza Plumbing Party 6

Este meu amigo que conhece bem a cinematografia porno diz que é um tema recorrente, a par de sequências com o canalizador, perfeitamente idênticas na narrativa em que só muda mesmo a profissão do actor. E por falar em canalizadores, apenas uma pequena nota paralela: sabiam que Ozzy Osbourne, Joe Cocker, Bob Hoskins (irónico não é?) e o Michael Caine foram canalizadores antes de se tornarem artistas célebres? Eu também não sabia mas decerto que todos sabem qual é o mais famoso canalizador da História? O Mario, é verdade.

Os efeitos a médio-prazo do consumo de cogumelos.

Mas nesta 37ª Edição do Ataque dos Clones o que nos traz é o dia em que um estúdio de bootlegs decidiu obrigar o Mario a reformar o desentupidor que nós nunca vimos, e a fazer-se à vida, que é como que diz, dar corda às botas e tornar-se um empregador de pizza.

Pizza Pop Mario não é nada mais do que o hack do jogo Pizza Pop! Da NES com sprites do Super Mario Bros. 3, e em que Mario percorre as ruas de pizza na mão na tentativa de entregar a comida a horas ou “o seu dinheiro de volta” dizem as publicidades.

Pizza bolonhesa com pêlos de gato. Uma especialidade.

Pizza Pop Mario incorre numa grande infracção, e nem sequer é de utilização indevida de Propriedades Intelectuais e alteração de software. Se a ASAE soubesse que não só a pizza anda a ser transportada pelas ruas sem caixa, com o entregador sem usar luvas, e ainda por cima a utilizar a própria pizza como arma de defesa contra gatos e quejandas criaturas que se interpõem entre nós e a mui-nobre missão de entregar a pizza, aí é que o caldo ia estar entornado. Ou a cobertura derramada, para ser mais preciso com a natureza da linguagem pizzaiola.