Se não me engano este vai ser o Rapaz-Ventoinha #36, quando o comecei a escrever (originalmente sobre o próximo tema, que fará mais sentido em seguimento deste) cheguei a uma conclusão que foi que nunca falámos de jogos de Game Boy. Tendo em conta a importância deste pequeno aparelho feito de Nintendium que deu tantas alegrias a tanto jovem, que como eu, podia finalmente levar os seus jogos para todo o lado em particular nas férias e pelas pilhas que devorou achei que estávamos a insultar a sua memória.

O Game Boy (não o Color) tinha jogos geniais, o que tendo em conta as suas limitações em todos os aspectos era uma proeza. De todos, o melhor é muito provavelmente Super Mario Land 2: 6 Golden Coins.

Se é o melhor jogo de Game Boy é discutível mas temos que lhe reconhecer o valor nem que pelo facto de estar nesta ilustre lista do Rapaz Ventoinha do Rubber Chicken.

Todos os Mario tem as suas particularidades e os seus pontos em comum, 6 Golden Coins é mais semelhante a Super Mario 3 ou Super Mario World do que o é ao seu antecessor na portátil e ao jogo original. Em tudo é um jogo de Mario, desta vez com um antagonista novo que tomou conta do castelo do canalizador italiano (a vida corria-lhe bem na altura) e ele tem que recuperar as 6 medalhas que abrem as suas portas para derrotar o vilão. O hub world e liberdade de poder jogar os mesmos níveis mais que uma vez foram aqui associados pela primeira vez com a capacidade de transporte da consola, o que hoje em dia pode não parecer muito mas na primeira metade da década de 1990 era algo raramente visto, até porque os jogos continuavam em grande parte a seguir os modelos arcade (começar sempre pelo início), ou com pequenas capacidades de gravação como pins de save ou high scores.

Componentes técnicos à parte, apesar de importantes pois sem eles os outros não funcionam, porque razão Super Mario Land 2 é tão bom?

Primeiro e acima de tudo, Rabbit Mario. Sim, eu sei que é apenas uma versão do Tanooki Mario mas olhem para o quão fofo ele é!

Hiroji Kiyotake que foi o cabecilha deste título conseguiu que ele tivesse um ambiente único nos seus mundos diferentes mas ao mesmo tempo coeso dentro do universo, algo que pode parecer fácil em teoria mas consegue ser incrivelmente complexo na prática. Existem 6 mundos/ambientes diferentes em 6 Golden Coins, todos eles com os seus cenários, música e até inimigos/bosses característicos mas todos com um fio condutor ténue o suficiente para terem individualidade e forte para os manter unidos.

Mas provavelmente o melhor e mais esquecido factor de Super Mario Land 2: 6 Golden Coins é ter sido a introdução de Wario na franquia. Pela primeira vez somos confrontados com o Bad Mario e o seu bigode angular. Wario é um personagem fascinante sobre o qual falarei noutra altura, mas para já nem que seja pelo simples facto de ter permitido a sua existência pela primeira vez tenho que louvar este jogo brilhante.

Super Mario Land 2: 6 Golden Coins é um jogo obrigatório para qualquer fã de Mario, é indispensável a qualquer amante de plataformas e imprescindível a apaixonados por coelhos. Porque a sério, quão fofo é um canalizador italiano de bigode com uma barriga consideravelmente proeminente vestido de coelho?

Não muito, é creepy AF, é o que é!