Bem nem sei como começar, joguei TANTO Dungeon Keeper 2 e sonhei ainda mais com Dungeon Keeper 3, mas a Bullfrog morreu antes de sequer pensar em começá-lo, e durante anos procurei jogos que me dessem o mesmo sentimento e uma jogabilidade muito idêntica em vão. Até que um dia o Steam me disse ao ouvido “pode ser que gostes deste jogo War of the Overworld“, era um chamado do Gaben, mas na realidade também um algoritmo interessante da parte da Steam que conseguiu de facto, mais uma vez, sugerir um jogo que eu ia comprar.

Então mas afinal o que é o War for the Overworld? Bom para mim é o Dungeon Keeper 3, a voz no narrador é idêntica, as personagens também, apesar de novos nomes, novas cores e novo visual isto é o Dungeon Keeper 3.

Este artigo já vem bem depois do jogo sair, mas vem depois de o jogo ter sido desfrutado até à exaustão. War for the Overworld conta com os mesmos modos de jogo que o velhinho Dungeon Keeper 2: Campaign e Skirmish mas conta com várias inovações como My Pet Dungeon, Crucible, SandBox e ainda o grande Multiplayer!

A historia de WftO é idêntica a DK2, nós somos um Underlord que temos como missão sair do Overworld para a superfície do mundo. Temos que escavar a nova Dungeon e aliciar Demons a juntarem-se às nossas fileiras na guerra contra outros Underlords ou contra os Heroes que existem para destruir todos os demónios. Basicamente aqui somos os maus das histórias dos contos de fadas, ou até como recentemente vi o Dark Tower, podemos dizer que somos o “Man in Black” que não morre no fim mas ao invés disso consegue chegar à superfície.

Para quem se lembra do DK2, a jogabilidade é idêntica, com o passar dos níveis conseguimos ir arranjando similaridades para todos os demónios, salas, armadilhas e magias. Para quem não se lembra ou não jogou WftO, este é um RTS com uma pequena pitada de Sim City (mas bem pequena). Felizmente os produtores do jogo conseguiram fazer um trabalho muito bom ao criar novos demónios e heróis que se afastassem o suficiente do Copyright do original, mas que ainda assim nos lembrasse da origem deles.

Mas espera ai? Então se é tudo igual, ste é apenas um remake do DK2 com umas novas opções de jogo e uns gráficos mais redondinhos? Parecia! Felizmente os produtores também nesse âmbito conseguiram dar um twist ao jogo que fez com que o feeling de jogar Dungeon Keeper não desapareça mas ao mesmo tempo tenhamos a sensação de estarmos a jogar uma nova versão. O jogo tem ao longo do seu gameplay uma skill tree de magias onde nós temos que fazer decisões entre uma ou outra magia, pensando no que nos poderá ajudar no nosso gameplay ao invés do antigo DK2 que as magias era sempre as mesmas.

Há muito para falar sobre o quão WftO é inspirado no DK2 mas isso seria “bater no ceguinho”. O jogo tem apenas um mal: ser tão curto como o DK2, mas afinal vivemos na era dos DLCs, onde os jogos dizem-se estar acabados mas na realidade quanto existir dinheiro a ganhar há algo novo a criar. Aqui o caso é igual e existem até agora 3 DLCs que nos trazem mais algumas coisas para fazerem, mas todos eles são apenas um pequeno incremento.

O que vocês devem experimentar é o modo skirmish, variar a quantidade de adversários e mapas e construir a vossa monstruosa Dungeon, dar chapadas nos demónios que se portam mal, pegar nos cobardes e atirá-los para o meio do combate ou para a cadeia, torturar inimigos até à morte ou então preparar um exército gigante para quando chegar a altura de combater ser uma batalha com tantas personagens no ecrã que não se percebe nada do que está a acontecer, apenas gemidos de dor, gritos de guerra, dinheiro a cair e corpos de guerreiros mortos. No meio disto tudo não se esqueçam de continuar a partir ouro ou o Payday deixar-vos-á nas lonas!