Em Horizon: Zero Dawn, nós acompanhámos Aloy, uma rapariga ruiva banida da sua tribo à nascença, numa aventura de descoberta e compreensão, não só da sua vida, como também do mundo que agora se encontra povoado por toda uma série de máquinas. A história de Aloy é como ela própria, algo que tão cedo não se esquecerá, e quando tal se alia a um videojogo bem construído, que oferece aos jogadores um mundo imersivo e cheio de vida, é apenas normal que se pense nele como um forte candidato a videojogo do ano. Contudo, há muito mais a dizer sobre a jornada de Aloy, na forma de The Frozen Wilds, a nova expansão de Horizon: Zero Dawn.

Esta expansão congratula-nos desde logo com uma nova área mais a norte do mapa, uma região montanhosa coberta de neve chamada The Cut. Aqui, Aloy irá cruzar-se com uma nova ameaça, uma nova entidade que parece estar a tomar controlo das várias e novas máquinas que assolam o território, tornando-as mais violentas. Para além disto, Aloy poderá saber mais sobre o mundo, passado, através das várias estruturas que vai visitando e dos vários pedaços de informação há muito abandonados que ela vai encontrando; e presente, vindo a saber mais sobre os Banuk, uma tribo nómada com os quais já nos cruzámos em Horizon: Zero Dawn, e que mantêm uma perspectiva e uma ligação mais espiritual para com o mundo e as várias máquinas que nele agora habitam.

A história de The Frozen Wilds não desilude, estando ela repleta de grandes momentos, diálogos brilhantes onde a língua de Aloy se mostra tão afiada quanto a sua lança, e toda uma série de personagens bem construídas que ajudam a dar vida a toda esta nova parte do mundo. As várias missões secundárias são um excelente complemento e a quantidade de coleccionáveis, de armas, de armaduras, de novas máquinas e as novas habilidades que Aloy pode desbloquear irão certificar-se de que os jogadores estarão ocupados durante as mais de quinze horas necessárias para explorar tudo o que The Frozen Wilds tem para oferecer.

De um ponto de vista técnico, é importante referir uma série de aspectos. Primeiro, recomenda-se que se comece a expansão pelo menos a nível 30. The Frozen Wilds apresenta alguns desafios consideráveis, e, como tal, é sempre bom ir preparado. Em segundo, o papel da neve, que tão depressa nos fascina com a sua gelada beleza (algo que Aloy não hesita em comentar) como também nos corta o nosso raio de visão na forma de grandes tempestades e nos dificulta o movimento se não tivermos cuidados por onde andamos. E em terceiro, as animações, que estão mais detalhadas e realistas, nomeadamente no que toca à linguagem corporal quando diálogos estão a ter lugar.

Esta expansão não visa ser algo diferente do material base, optando por ser um complemento ao que já era um excelente videojogo, visto que tudo o que se passa em The Frozen Wilds está interligado com o que já presenciámos em Horizon: Zero Dawn. Como tal, temos aqui a desculpa para voltar ao mundo de Horizon: Zero Dawn e acompanhar Aloy em mais um capítulo da sua grande aventura.

Se muitos consideram Horizon: Zero Dawn como um jogo obrigatório para quem possui uma PS4, então The Frozen Wilds é a expansão que não pode faltar na colecção.