Por vezes as melhores coisas da vida são aquelas que são ricas na sua simplicidade. Por definição, o mesmo se aplica aos videojogos e aos restantes meios de entretenimento. Há alturas em que é simplesmente melhor dar descanso aos floreados e aos detalhes soberbos e dar lugar a mecânicas simples mas ao mesmo tempo apelativas e consequentemente imersivas. Tal é o caso de Energy Balance.

Se tivesse que resumir Energy Balance, diria que é um parente próximo do Sudoku, um puzzle numérico onde em vez de evitar repetir o mesmo número num conjunto de linhas e colunas, temos de, através de somas e subtracções, garantir que determinados valores são atingidos.

A jogabilidade é simples, tal como a história que a acompanha. Um gato de seu nome Meowie vê a sua nave espacial a ir abaixo perante uma estranha anomalia e todos os sistemas ficaram inoperacionais. Cabe a nós como jogadores reparar esses mesmos sistemas, completando os vários puzzles, de forma a garantir que Meowie possa regressar a casa são e salvo.

Após a conclusão de cada nível, somos recompensados com curiosas conversas entre Meowie o seu computador de bordo, conversas essas que ocasionalmente conseguem ter um generoso cariz filosófico.

Juntando-se a isto tudo, temos a brilhante banda sonora, que não só se adequa à presente temática, como rapidamente nos deixa imersos no nosso objectivo ao mesmo tempo que vamos batendo o pé e/ou abanando a cabeça ao som das várias batidas.

Mas enganem-se aqueles que pensam que Energy Balance pode ser concluído com a ajuda de guias e afins. Os valores presentes em cada puzzle são gerados aleatoriamente e alterados sempre que se faz algum restart (embora se fale que é possível encontrar as soluções através de C++).

Em suma, Energy Balance é um jogo cativante, garantindo uma série de horas bem passadas na resolução dos seus quebra-cabeças, a solo ou na companhia de amigos e familiares. Uma boa adição aos fãs do género… e com bom cálculo mental.