Esta coisa de uma volta heliocêntrica completa dá jeito para medir coisas e fazer retrospectivas e como a Nintendo Switch faz agora um ano e eu considerei-a a consola mais inovadora do mercado quando fiz o artigo sobre ela. Achei boa ideia rever o estado da coisa já que muito foi o hype da nova Nintendo e muitos também foram os seus críticos e achincalhadores que vivem fervorosamente as marcas das suas consolas com um zelo quase doentio, ao nível de cegueira clubística, extremismo religioso ou pior, Veganismo.

Talvez seja melhor ver isto por partes, um revisão a três tempos da consola.

O Antes

Quando foi anunciada as críticas e esperanças eram divididas, por um lado quem queria muito o sucesso da Switch fosse fundamentada na sua portabilidade e versatilidade, assim como os seus jogos de maior porte como Legend of Zelda Breath of the Wild. Por outro lado os detractores da consola criticavam o seu hardware “mais fraco” e o possível fraco alinhamento de jogos, chamando-a um máquina de Zelda.

O Lançamento

A Switch foi lançada em grande apoteose com o seu grande The Legend of Zelda, um jogo que remodelou a visão na série com o maior potencial de liberdade alguma vez criado. Muitos continuaram a chamar-lhe uma máquina de Zelda, mas a constante procura e escassez (sem provas que era propositadamente criada pela marca nipónica) mostraram-se um sucesso brutal esgotando-a em todo o lado.

Na cama, no sofá e no WC. Portabilidade máxima!

Um ano depois

A verdade é que o tempo foi passando e sucesso da Switch parece longe de desvanecer num futuro próximo, tudo bem que já não vende como nos primeiros meses e agora é possível encontrá-la em stock na maior parte das grandes superfícies comerciais ou lojas online, mas também vendeu tantas unidades em 10 meses como a sua antecessora, a Nintendo Wii U, vendeu nos seus 5 anos de existência de acordo com fontes oficiais da grande N. Tirando isso, tem um alinhamento de jogos brutal. Não só tem um linha de exclusivos brilhantes que inclui o já mencionado Legend of Zelda mas não esquecendo, Super Mario Odyssey, Xenoblade Chronicles 2, Splatoon 2  e Mario+Rabbids: Battle Kingdom, como foi invadido por alguns dos melhores indies dos últimos anos como Rive, RiMEThe Sexy Brutale ou Owlboy, ou todos os jogos das brilhantes casa Image and Form e Zoink! como todos os SteamWorld, Stick it to the Man e Fe, jogos estes que podiam ter passado por baixo dos radares de muitos jogadores tendo em conta que apareceram como pérolas no pântano gelatinoso e putrefaço que se tornou o Steam calando muitos dos que diziam que não ia ter catalogo de jogos decente.

Apesar destes jogos de alto nível, os que mais agitaram as águas da comunidade jogadora foram os ports de “alto calibre” como Skyrim, Doom, Fifa e L.A. Noir, que na opinião de muitos foi melhor coisa que lhes aconteceu desde que descobriram que podiam mentir na sua idade para aceder a sites de conteúdo/vídeos adultos, e para outros foram simplesmente um mungir da vaca e aproveitamento do sucesso da consola.

Falando em mungir…

Neste aniversário da híbrida e em preparação para este artigo decidi andar por fóruns e outras paragens a ver como anda a Switch de toda a gente que a comprou, uns continuam a jogar diariamente e têm centenas de jogos nos seus cartões de memória ou em formato físico considerando-a a melhor consola que têm, outros dizem que perderam o interesse depois de jogar Breath of the Wild e Odyssey, dizendo que apanha pó enquanto voltaram às suas PS4, e que foi um erro comprar a consola porque os jogos nela não lhes interessam. A esses era para perguntar sobre o estado das suas PS2 e PS3, ou se ainda as jogam com frequência como jogavam ou não, mas não me quis dar ao trabalho, porque não tenho paciência para guerras ideológicas.

Parental Control da Switch, talvez dos melhores anúncios alguma vez feitos para consola.

A minha visão da Switch agora é a seguinte: continuo a usá-la o máximo possível, infelizmente nos últimos dois meses não tenho estado a jogar tanto como gostaria mas isso não pela consola porque tenho lá 4 jogos para acabar, infelizmente não tenho tido tempo para o fazer, mas nos outros 10 foi excelente. Há quem diga que ela é perfeita para isso mesmo, para quem não tem tempo porque é portátil e pode ser jogada em qualquer local, o que é verdade mas neste último ano eu nunca vi ninguém a jogar uma Switch no metro, autocarro, café ou seja onde for. Vi muitas pessoas a postarem em redes sociais que o fazem mas nunca vi ao vivo, coincidências talvez. Confesso que a sua portabilidade me dá jeito, joguei muito no WC e se viajasse em trabalho tanto como antes também levaria muito a consola porque é prática para isso como comprovei quando a levei de férias, não é preciso cabos ou nada.

Um ano depois está boa e recomenda-se, com potencial para continuar em grande após os lançamentos de Nintendo Labo que pode ser ou não um sucesso, e se possível o mais recente Metroid Prime ainda este ano ou outra surpresa qualquer que a marca tenha na manga. Por isso:

Parabéns Switch, que faças muito mais e estejamos cá para ver.