Tenho que admitir, quando me imagino na pele de um mafioso italiano, nunca me passou pela cabeça as minhas grandes preocupações serem Zombies Nazis, mas olhando para a storyline de Guns, Gore and Cannoli 2 realmente faz sentido.

O nosso protagonista, Vinnie Cannoli, nada o típico italiano (com gesticulação manual enquanto fala incluída), vê-se o único sobrevivente de um apocalipse zombie criado por uma arma química em Thugtown (dúvida : já se chamava Thugtown antes de ir para lá a máfia, ou a máfia foi para lá porque com o nome Thugtown pareceu o sítio ideal?).

Nas cerca de 3 horas que a dificuldade Hard me proporcionou, Guns, Gore and Cannoli 2 esteve à altura do esperado para um Run and Gun de 12,99€ , com um cheirinho de Metal Slug e um arsenal de armas apropriado para combater a horda de adversários que nos vai aparecer pela frente. Porque se a serra eléctrica serve para matar os bullies de rua italianos, os soldados alemães dentro de canhões não cairão por menos do que um bom lança granadas.

Como em vários jogos do género, as nossas habilidades favoritas que obedecem às leis da Física estão de volta, nomeadamente o salto duplo (a sério, quem é que se lembrou que saltos duplos faziam sentido) e o “se estiver a rolar e fazer um 360 no chão nada me acerta” (estou a olhar para ti Dark Souls).

A progressão de níveis é bastante linear, com alguns truques pelo meio, válvulas terão que ser rodadas e fogos terão que ser apagados, o que, regra geral, fará aparecer aqueles inimigos cuja única função na vida era estarem 5 atrás de um armário embutido numa parede (no questions asked).

O estilo de arte está fantástico, com vários ambientes extremamente bem animados e uma imersão muito própria, a banda sonora também não tem nada que se lhe aponte, apesar de não ser nada de inesperado.


Uma das únicas coisas que aponto a Guns, Gore and Cannoli 2 é a baixa quantidade daquela que achei a melhor parte do jogo: as lutas com Bosses. Há várias e são extremamente divertidas e algo desafiantes, mas comparado com elas o resto dos níveis parece que se estica um pouco no “mais do mesmo”.

E o melhor de tudo é que pode ser passado em modo co-op! Portanto se a vossa cara metade, ou outra pessoa qualquer (quem sou eu para julgar), estiver à altura do desafio (ou se não estiver, que atrapalhe divertidamente), peguem no parzinho de comandos (os da Xbox para computador, que são os melhores) e venham distribuir cartuchos (ou chamas, ou serras… ou mísseis… ou granadas) em Guns, Gore and Cannoli 2.