Caçada semanal #153

Bem-vindos ao futuro, uma zona temporal tão gloriosa que nem precisamos de estar no mesmo espaço físico dos nossos amigos para jogar com eles. A expansão dos serviços de internet permitiu que jogos multiplayer se tornassem cada vez mais prolíferos cortando a necessidade de ter que juntar os amigos todos ao mesmo tempo para brincar. Algo que na juventude era fácil, mas debaixo do peso da idade e responsabilidades do dia a dia se torna cada vez mais complicado. Mesmo assim há alguns jogos que requerem esse momento em que todos temos que estar pelo sofá e chão em frente ao mesmo ecrã e jogar em conjunto. Hoje vamos olhar para dois deles.

No ReLoad Heroes

Começando com No ReLoad Heroes, que requer aos jogadores cooperação para atingir um fim. Há a possibilidade de jogar a solo ou online mas a sua criação foi nitidamente para apelar ao velho estilo de jogos que podemos partilhar com amigos.

Não há muito para dizer sobre No ReLoad Heroes já que tem pouco que o destaque de tantos outros. Não é um mau jogo mas também não é algo que fique na memória. Tem uma história engraçada de quatro amigos (os jogadores) que criam um robot para que seja uma força para o bem, contudo algo corre mal e eles agora têm que destruir a sua obra. Cliché, sem dúvida mas uma premissa razoável para o jogo. Melhor que a história são os níveis procedurally generated e as armas tecno mágicas. Infelizmente esta fusão de magia e tecnologia é pouco explorada.

No ReLoad Heroes é rápido, e fácil de entrar é uma opção aceitável para quem gosta de jogar com amigos sem grandes preocupações, algo para pegar, jogar e largar quando estiverem todos a discutir de quem é a culpa de terem perdido nos níveis mais complexos.

Como já joguei muitos jogos em co-op local com toda a variedade possível de pessoas, das mais calmas às mais fogosas sei que mais tarde ou mais cedo a cooperação dá problemas e discussões, é tão inevitável como os Xutos e Pontapés darem concertos em Almada no 25 de Abril. É tão certo como uma Ivete Sangalo no Rock in Rio.

Pelo menos um dia.

Domiverse

Quando chegamos a estas discussões, é preciso algo para limpar o sistema e ajudar o pessoal a aliviar o stress, é aí que entram os fighters/brawlers, e como nem sempre temos paciência para um jogo de Super Smash, Street Fighter ou Injustice, jogos como Domiverse caem bem.

Os combates neste multiplayer local para 4 jogadores são rápidos porque todos os lutadores são uma espécie de One Punch Man. Em parte porque derrotamos os nossos adversários com um golpe apenas mas mais porque cada um tem a sua habilidade muito particular elevada ao nível de OP. Infelizmente quando toda a gente é OP… ninguém é.

Quer dizer… continuam a ser porque há alguns cujas habilidades lhes dão vantagem, ao perceber isso o jogador que os conheça bem consegue tirar proveito dessa diferença, a ideia é engraçada mas não conseguiram criar o melhor equilíbrio dentro do desequilíbrio dos diferentes atributos.

Domiverse podia ser melhor que é, talvez com tempo e correções consigam tornar-se um brawler interessante mas para já é apenas um jogo para manter em shortlist até aparecer grátis ou num bundle.