Sentado em frente ao computador, Machado olhava para o cursor a pulsar na folha virtual branca pensado no que ia escrever sobre o mais recente jogo que havia instalado e jogado na sua Nintendo Switch.

Há algo que me está a incomodar na loja virtual da Nintendo Switch que é estar cada vez mais confusa. Devido ao fluxo constante de jogos que lá aparecem todas as semanas, manobrar a pesquisa dentro da eShop está a tornar-se uma tarefa cada vez mais complicada, mesmo usando a loja no site onde a procura pode ser filtrada de uma forma mais funcional o futuro de buscas não está risonho para alguns títulos que se podem perder no meio da multidão, sendo ICEY um deles.

Após fazer a sua introdução, Machado considerava que estava lançado no seu trabalho, nada o iria parar e o texto estaria pronto numa questão de minutos.

ICEY faz parte de uma longa lista de jogos indie que estão a aproveitar o mercado “ainda por explorar” que é a Switch, o jogo já tem quase dois anos contudo não está desactualizado. É um hack and slash narrativo em 2D. A arte é muito inspirada em anime cyberpunk, num cenário desolado pós apocalíptico no qual controlamos a android ICEY numa demanda para derrotar Judas, outro android com o potencial de destruir o mundo.

A acção do jogo é contraditória às vezes, os combates conseguem ser emocionantes na maior parte das vezes, sendo rápidos com efeitos visuais interessantes, todas as lutas são fluidas, cada vez mais quando fazemos upgrades comprando e aumentando os golpes para depois interligar em combos gigantes. Algo que é quebrado pelos cenários estáticos como vinhetas de BD e só podemos avançar para o seguinte quando fazemos tudo o necessário naquela secção.

Ajeitando-se na cadeira, porque o peso da idade e uma juventude de excessos deixaram as suas mazelas no se-

****-se! Mas tu vais estar assim o tempo todo? Já estou farto de te ouvir!

Desculpe?

Sim tu! Aí no beca-beca beca-beca, não te podes calar um bocado?

Mas eu estou só a fazer o meu trabalho…

Eu sei mas podes deixar-me escrever em paz? Por favor!

A maior diferença de ICEY quando comparado com os outros hack and slash é que é um meta-jogo, algo que não reparamos quando começamos já que somos lançados às feras assim que o iniciamos, mas após um pequeno tutorial, entramos num mundo mais estranho do que pensávamos. Eu fiquei surpreendido pela positiva com o que encontrei.

Machado, começa com questões na sua mente em como explic-

Ai o *******! Outra vez?

Peço desculpa, vou-me controlar.

Todo o jogo é narrado por um gajo, não sabemos quem ele é, não sabemos o porquê e só a partir de certa altura é que percebemos que não somos obrigados a seguir as suas indicações. É interessante porque ele vai-nos dando algumas explicações do setting do jogo e indicações para onde devemos ir, quando não o fazemos é divertido, às vezes, ver a sua frustração por estar a ser ignorado. As razões deste gimmick são compreensíveis, e está feito com alguma piada, sendo o único problema a possibilidade de se tornar irritante em sessões mais longas.

ICEY não é isento de falhas mas é uma boa compra no geral. Por €8.39 (sim é esse o preço do jogo) está na categoria de jogos mais recomendáveis abaixo de €10 na consola da Nintendo.

Acabada a escrita, do artigo, Machado vai em busca de imagens para ilustrar a sua mais recente contribuição

Eh pah, ****** nesta *****! Não faço mais nada, é para isso que tenho um editor, ele que meta imagens!

 

 

 

 

Ele foi mesmo embora?

 

Sim?

 

Então e agora…?