A Hora do Meh #24

O mundo dos jogos está cheio de revelações, boas, más e meh. Por mais que queiramos dar a atenção devida a todos os jogos que nos chegam e tratar todos com o mesmo respeito que merecem, há aqueles que são como uma rapariga que conheci uma vez. Uma moça que nem me aquecia, nem me arrefecia, era a Mena. Se não me falha a memoria.

Ao contrário dos lobos que têm uma hierarquia e estrutura em que os mais fortes protegem os mais fracos e quando a matilha está em migrações mantêm-na unida para que todos, mesmos os mais inaptos cheguem ao seu destino, há vários animais ou grupos em que isso não acontece, como aqui.

Mr. Sweet

Mr. Sweet, é um endless runner de inspiração doce, literalmente.

Os cenários, itens e tudo o resto é um rebuçado, bombom, chupa, algodão doce ou os mais variados produtos que dão cabo dos dentes das crianças e adultos se consumidos em excesso sem os devidos cuidados com higiene e manutenção dentária. No seu âmago é um pequeno jogo feito idealmente para o mercado mobile, que parece um peixe fora de água em PC. Um jogo que é como se corrêssemos através de um Candy Crush não tem muito mais que se lhe diga.

Mr. Sweet tropeçou num rebuçado de fruta, e ficou preso ao chão numa poça de caramelo, e nunca mais foi visto.

Zhust The illusion soul

Zhust The illusion soul tem uma inspiração clara em jogos como DmC, o nosso personagem com as suas espadas duplas corre por cenários que parecem um misto de sonho proporcionado por fortes alucinogénos e o que nos 1990s se achava que seriam os gráficos da realidade virtual no futuro. Tem pouco que puxe o jogador, não o chamaria mau mas incompleto, requer bastante trabalho tanto a nível técnico como a nível de enredo. As suas ideias são interessantes mas a sua aplicação deixa bastante a desejar.

Zhust, bateu numa parede em que as suas espadas ficaram presas devido a um bug e ainda hoje está a tentar puxá-las de lá.

Hide and go Boom

Por último temos Hide and go Boom, uma tentativa de dar uma perspectiva diferente a Bomberman colocando o jogo num perspectiva de primeira pessoa. Em teoria a ideia é engraçada, não só porque jogos multiplayer em que jogadores combatam até ao último sobrevivente estejam na moda e há uma dificuldade maior em calcular a colocação das bombas sem ver todo ou grande parte do campo de batalha. Infelizmente é um party-game sem party. Tendo em conta que não encontrei adversários online e à falta de jogadores em casa para partilhar não é minimamente interessante.

Hide and Go Boom ficou sozinho entre dois corredores de caixas a olhar para o temporizador da sua bomba que se aproximava perigosamente do zero inconsciente que se aproximava uma enchente de fogo das suas costas.

Pensemos naquela regra do código da pirataria que diz “Aquele que fica para trás, é deixado para trás.” Os jogos desta hora são precisamente como esses que ficaram para trás, aqueles que não conseguiram acompanhar a minha manada de backlog e ficaram pelo caminho, porque são… meh.