A sede da R.I.F.T. (Regulators of Interdimensional Frontiers and Technology) foi atacada por uma figura mascarada e só nós a poderemos salvar. Como somos uma agência governamental temos que investigar tudo antes de encontrar o culpado, o que faz com que o personagem principal seja misto de Mega Man com a personalidade de uma Kim Possible, a tecnologia de curar do Hollow Knight, o fato do Iron Man e a sede de descoberta do Sherlock Holmes… com um cheirinho de Phoenix Wright ao apresentar os casos.

Apresento-vos: DOUBLE CROSS.

Somos então Zahra, e sabemos que o Suspeito X criou o caos no RIFT e temos que explorar certas zonas específicas para investigar e criar um caso contra ele.

Entre a selva, os laboratórios e a tecnologia, os temas de cada conjunto de níveis estão bem explorados, cada área tem um design característico, e grande parte das coisas “pertencem” lá, sejam as gosmas ácidas no pântano ou os robôs funky na cidade, em Double Cross houve o cuidado de enquadrar cada elemento do terreno com o seu meio envolvente.

Zahra é mestre em duas coisas: murros e pontapés.

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Ok e não é mestre, começa o jogo só a saber um de cada, os outros vão sendo desbloqueados conforme colecionámos itens secretos que fazem com que a nossa personagem vá passando de nível. Mas se acham que já tinha feito todas as comparações aleatórias com personagens pop de comics ou de gaming no segundo parágrafo, deixei o melhor para o fim.

Zahra também é… a Mulher-Aranha.

Ao longo dos níveis vão aparecer situações específicas onde podemos usar a nossa corda ninja, para nos agarrarmos a coisas, sejam elas plataformas, botões, paredes ou projécteis adversários, podemos depois usar a dita corda ninja para arremessar esses já referidos projécteis de volta aos referidos adversários causando a sua subsequente morte.

Os níveis são divertidos e andar de corda em corda é bastante satisfatório, o combate torna-se desafiante se tentarmos misturar as técnicas de combate com o pseudo bungee jumping.

A história, tenho que admitir é bastante abaixo da média, foi dos poucos jogos que senti vontade de passar texto à frente recentemente, apesar disso não está mal escrita, é só cliché e previsível, em contraste a banda sonora está bastante boa, não se metendo à frente da ação, mas acentuando todos os momentos que vão acontecendo com o tom correcto.

As boss fights são bastante boas, com cada boss a manter o excelente nível de design visual do resto das personagens de Double Cross, apesar de tudo achei o jogo mais fácil do que deveria ser, sem grande rejogabilidade posterior, mas com uma duração aceitável.

Em suma, é daqueles jogos que acho que acertaram no preço certo, para quem é fã de 2D action platformers não ficará desiludido com os 16,79€ de Double Cross, e quando for incluído num bundle, ou entrar em desconto passa a compra obrigatória.

E TEM DINOSSAUROS MECANIZADOS, isso também é importante.