Call of Duty, Black Ops – 30 euros; Dead Space 2 – 20 euros; Bayonetta – 11 euros. Olhando para estes preços parece que um empregado da Game fez uma directa a dar saltos no World of Warcraft e colou os preços no dia seguinte ainda a dormir. Estes valores correspondem a jogos em primeira mão, repito, primeira mão, adquiridos na loja online inglesa Amazon, já com portes e câmbio incluídos. Preço final, chave na mão. Saliento que estes são mesmo assim valores bem abaixo dos valores do mercado de usados em Portugal, onde a já referida Game é um bom (péssimo dependendo do ponto de vista) exemplo da discrepância de preços entre as terras de sua majestade, e as nossas terras ponto. Passeando no mercado do usado através dos resellers da Amazon os preços mais baixos que encontramos são correspondentemente 22 euros, 16 euros e 7 euros. Sete euros paraBayonetta! Um dos melhores (e mais esquecidos) jogos, lançado a 8 de Janeiro de 2010, isto é, com pouco mais de 1 ano de vida.
Em primeiro lugar, esta política de preços levanta uma questão preocupante. Estarão os jogos a matarem-se a si próprios com esta política de preços? Com os orçamentos a dispararem em todos os géneros e consolas, com recordes de valor final de custo a serem batidos a cada trimestre, a velocidade com que um jogo desvaloriza não fará implodir a economia dos videojogos? É comportável a política de pre-order da Amazon que coloca todas as grandes novidades entre 35 a 45 euros?
Quando me afirmam que as produtoras estão cada vez mais a apostar nos lançamentos online, pois reduzem os elevados custos implícitos nas vendas a retalho como o marketing e a distribuição e perdem a noção da “relação entre o cliente e o produto final”, eu digo… bollocks. Para produtoras mais pequenas e para jogos como Pixel Junk Shooter ou DeathSpank isto poderá até ser verdade. Mas o que se está a assistir é a um grande movimento dos grandes títulos também para as lojas online das consolas. Em todas as produtoras, em todos os géneros, da novidade à velharia esquecida. Sejamos sinceros, a transição para o online é uma fuga a esta desvalorização rápida e ao crescimento expoencial e descontrolado do mercado do usado. As produtoras iniciaram já este movimento que se irá massificar nos próximos dois anos. A decisão da Electronic Arts de deixar de incluir os manuais físicos nos jogos é um dos passos óbvios para a “morte da caixa”.
Em segundo lugar, o mercado português mantém-se no limbo do absurdo em matéria de preços. Retomando novamente os títulos anteriores e consultando os sites da Fnac e da Worten deparamo-nos com os seguintes valores: 70 euros, 70 euros, 40 euros. As diferenças de preço entre comprar um jogo novo em Portugal variam entre os 200% e os 300% do valor britânico. No mercado do usado o caso ainda se afigura mais insólito, com novidades a serem compradas em segunda mão a 20 euros ao cliente e disponibilizadas em seguida nas prateleiras marcadas entre 49 a 59 euros. Não possuo informações estatísticas e operacionais sobre a distribuição, compra e venda de videojogos em Portugal. Não sei se os distribuidores portugueses estão de mãos atadas em matéria de preços ou se são simplesmente gananciosos e de vistas curtas. Mas existe algo que sei: quem compra jogos em Portugal, das três uma: ou não sabe, ou não gosta de colocar o cartão de crédito online, ou é simplesmente burro.
Quando a transição total para o online for feita, e garanto-vos que será feita, será com certeza mais complicado encontrar saldos e pechinchas como as actuais. Mas uma coisa é certa: passamos todos a comprar pela mesma tabela, e eu deixo de sentir pena cada vez que a mãe pergunta ao filho, – é este? – segurando na mão uma embalagem do MotorStorm Apocalypse a uns irresistíveis €69.99.
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