Sim, a vida é injusta. De Paul Auster para baixo os livros querem que acreditemos que é tudo fácil, mas de Paul Auster para cima as coisas não são bem assim. Vulgarmente, o talento não conhece a oportunidade e a sorte não bafeja nem os audazes. Especialmente se falarmos em potenciais criadores de videojogos em território nacional, pois primeiro, antes de qualquer tentativa de arranque, há que descodificar o embrenhado e camuflado quem é quem na ausente indústria nacional, tarefa inglória que muitas vezes nem um conhecimento apurado de google e facebook ajuda.
Naquela que é uma inteligente iniciativa empresarial, a produtora portuguesa Biodroid propõe-se apontar um caminho, ficando todos a ganhar. A Biodroid Zone é uma “competição” que visa encontrar novas ideias para videojogos. A inteligência deste evento é que a Biodroid, praticamente com investimento zero, habilita-se a encontrar bons IP’s para o futuro, ou simplesmente boas ideias para novos produtos. Inteligente também porque é uma oportunidade talvez única dos criadores se darem a conhecer e, quem sabe, verem os seus produtos desenvolvidos. Por outro lado, os criadores podem conhecer-se e travar ideias, caso consigam deixar em casa o nacional egoísmo.
A Biodroid chama-lhe sessões de pitching, eu chamo-lhe Cluster de Startup de IPs, mas isso é porque sou parvo e tenho a mania de tentar frases inteligentes.
As oportunidade são um bem demasiado escasso e precioso para ser desperdiçado em território luso, por isso, a inscrição pode ser feita aqui.
Nunca se sabe… O que importa é o universo e a mecânica.
Comentários (5)
Por razões pessoais mas que todos devem conhecer, não consigo confiar na Biodroid. A iniciativa até é boa mas quando se perde a confiança, nada feito.
Convém dizer porquê ou provavelmente as pessoas podem perder o interesse em vez de ficarem a par e de se poderem prevenir para qualquer dificuldade que tenhas tido com a empresa…
A oportunidade é óptima para quem está à procura de uma maneira de lançar uma ideia para o mercado. O importante é saber tudo previamente e ter tudo muito bem definido no acordo que podem vir a fazer com a Biodroid, caso exista interesse no vosso projecto.
É um tema “antigo” e que me desmotivou imenso na altura em que decidi apostar no desenvolvimento de jogos… o meu problema é que um dos sócios fundadores e produtores da Biodroid (o sr. Bruno Patatas) cometeu fraudes gravíssimas no passado. A forma como agiu e total ausência de um pedido de desculpas à comunidade, faz com que eu não tenha qualquer confiança nas “promessas” dele (nem da empresa que ele gere) agora.
Basta pesquisar “Bruno Patatas” no google para terem uma noção do que aconteceu.
Por muitas iniciativas que a Biodroid tenha agora, como é que pode haver confiança se aceitam ter na direcção uma pessoa assim? Sou obrigado a suspeitar de qualquer relacionamento profissional com a empresa e sinto que irão recorrer a mentiras semelhantes para embelezar discursos ou descartar responsabilidades.
O Bruno Patatas já não está na Biodroid há uns meses e, ao que sei, não esteve envolvido na criação de este evento.
Eu conheço o António Saraiva, esse sim envolvido com o evento, e posso também adiantar que é uma pessoa séria e com bastante interesse pela área.
A excepção não deve fazer a regra. A Biodroid, ao contrário da Pixelbox, existe, tem trabalhadores e está situada no LX Factory.
Em relação ao concurso em questão – não vos estão a pedir para gastar dinheiro para se inscreverem. Está apenas a ser dada uma oportunidade aos que a quiserem aproveitar. Hipoteticamente falando, a única coisa que os candidatos poderiam perder aqui são 15 minutos a fazerem uma apresentação.
Nada mais, nada menos.
Eu posso apenas dizer que as duas ou três pessoas com quem me cruzei e lidei profissionalmente da Biodroid são pessoas sérias. Sobre os outros não posso manifestar-me pois desconheço, mas tenho também consciência que já tem uma relativa dimensão no número de pessoas.