Gore, Orcs e Big ass Trolls.
Eradan o Humano, Farin o Dwarf e Andriel a Elf partem numa missão no mesmo período dos acontecimentos da trilogia do Senhor do Anéis. A Terra-Média é o palco para War in the North e conta uma história que penetra em alguns lugares nunca antes mencionados, uma história paralela da trilogia ou qualquer jogo anterior de Senhor dos Anéis. Um jogo que foca especialmente o gameplay em co-op, dando uma importância exclusiva a cada um dos três personagens.
Muitos poderão ter dúvidas em relação à importância da missão guiada pelos três heróis para salvar a Terra-Média e influenciar o sucesso da irmandade do anel, mas é isso que está em causa. Eradan, Farin e Andriel são dotados de poderes únicos para enfrentar hordas de Orc e outros ao serviço de Sauron. Mesmo sendo os poderes únicos apelativos e o combate com armas interessante e progressivo durante algum tempo, acaba por desinteressar por ficar repetitivo e com falta de novos e mais complexos movimentos. Contudo, War in the North abriu portas aos jogadores de estilo gore com este sistema de luta em que a decapitação e finish moves são importantes para a progressão no jogo e para não ser esmagado por um troll. Corrijo, Big ass troll.
Quando o armamento é algo que requer tempo a escolher, avaliar e comparar, também pode ser bom sinal. Aqui não apanhamos só lixo (ao contrário de Dungeon Siege III) e a quantidade de itens diferentes é bastante aceitável. A relação do armamento com a progressão no jogo é ideal e influencia a brutalidade nas lutas. Não pensem matar trolls com uma espadinha. Corrijo novamente, Big ass armored Trolls.
As lutas são feitas também de força conjunta. Alguns actos isolados podem significar o fracasso. Em Single mode (não acontece em multiplayer) há uma opção para indicar à equipa para atacar ou defender, mas eles não obedecem a essas acções. Estão em contagem para ver quem mata mais, como fazia Gimli e Legolas?
– 13, 14
– I need help!
– 15, 16…
Acabei de ver uma review no IGN sobre War in the North (infelizmente com parte desse texto usado em muitos outros sites da especialidade, inalterado) em que falam sobre a quebra do apego que o player possa ter com as personagens do jogo, por uma tragédia, como acontece quando Boromir é morto pelas flechas ou quando Gandalf é levado para as profundezas pelo Balrog. Dizem, a seguir, que isto não acontece em War in the North, mas é natural que eles não conseguiram completar o jogo para dizer algo do género. Shame on you guys!
Referem outro assunto, mas aí só posso dar razão, quanto às vozes de alguns actores e a fraca expressividade. Há alturas em que os diálogos são mascarados pela música e mal se percebe o que dizem. O mais estranho com que me deparei no jogo foi a voz de Aragorn. Percebemos, à partida, que Viggo Mortensen não participou na gravação e que este foi substituído por outro actor que parece isolado de um casting quase bem realizado, falando apenas das personagens principais, claro. No entanto, podemos contar com Tom Kane para a voz de Gandalf que é incrivelmente parecida com Ian MacKellen e o mesmo com Yuri Lowenthal para a voz de Frodo. Sim, Frodo também é representado e é caso para pensar: “will he show me the ring?”.
War in the North adapta-se bem no universo do Senhor dos Anéis e o seu carácter de acção/RPG consegue envolver os gamers durantes horas de jogo. Podia, no entanto, ter sido um título mais arriscado e ser menos repetitivo quando se avista o inimigo. Mesmo assim, War in the North é um jogo divertido e o seu lado gore dá-lhe um toque especial em relação aos outros títulos de LOTR.
Versão analisada: Xbox 360. Também disponível para PS3 e PC
Comments (3)
esse foi um dos jogos mais divertidos que joguei no ano, a ambientação é muito boa e o fator replay é ótimo (afinal existem mais leveis pra subir, mais armas para conseguir, mais dificuldades e claro, poder jogar com as outras classes). Uma pena realmente que alguns golpes sejam muito apelativos, vide a flecha explosiva do dwarf que faz o jogo perder completamente a graça. Tanto que jogo em split-screen e entre a gente, nós combinamos não usar esse tipo de técnica.
Outra coisa é que é muito fácil “bugar” uma quest ou mesmo bugar o jogo e você acabar preso.
Mas a customização do personagem é muito legal, em todos os quesitos: aparência e armas/armaduras/skills
Se torna enjoativo? claro, como todo jogo linear, não da pra você fugir da história e não há qualquer modo além da campanha, o level máximo é o 40 e chega uma hora que você não acha mais armas e armaduras melhores. Mas ainda assim eu acho que vale bastante a pena pra quem é fã.
De qualquer maneira, ótima análise
Bem dito Fernando.
customização é mesmo muito boa e o que mais me chamou à atenção, além dos skills, foi os sets de armadura e a combinação entre os vários items. Está tudo bem desenhado para não parecer nada estranho ou sem sentido.
Este é um jogo mais divertido se jogado a 2 e 3, sem dúvida e quando passa do modo normal para heroic, tudo se mantém inalterado no menu e nisso eles pensaram bem.
[…] Rubber Chicken já analisou o jogo aqui, e esta edição justifica com imponência a palavra coleccionador no título, pois a estatueta do […]