Dia 22 de Fevereiro marca o lançamento no ocidente da nova portátil da Sony, mas a galinha não descansou enquanto não meteu novamente as suas patas laranja na Playstation Vita. Ontem estivemos no Mundo PS Vita, no Largo Luís de Camões, no último evento de pré-lançamento da nova consola, que se estendeu das 15h às 23h. E adorámos cada minuto!
Os enormes casulos da Sony eram difíceis de passar despercebidos, situados em plena praça, e rapidamente grupos de pessoas começaram a afluir e a formar filas para testar a Vita. Os visitantes podiam entrar em pequenos grupos e por vezes a espera era um pouco longa, mas valia a pena. Uma vez lá dentro, os jogadores tinham oportunidade de se sentarem confortavelmente enquanto jogavam diversos jogos, com esclarecimentos ou apoio do staff da Sony. Era um ambiente relaxante e quentinho que contrastava com o frio que começava a enrijecer os ossos ao cair da noite. Perfeito para testar as capacidades de um verdadeiro “canivete suíço” Sony.
Tal como o Miguel Nogueira já tinha tido a oportunidade de partilhar no seu artigo, a PS Vita surpreende no modo como coloca tantas funcionalidades na palma da nossa mão. Há primeira vista destacam-se duas características: o enorme ecrã táctil OLED de 5” e os duplos manípulos analógicos. Ao pegar na consola, habituado à configuração de comandos actual, dirigi imediatamente os polegares para os dois analógicos, situados a baixo dos botões direccionais e dos 4 botões padrão da marca. Senti-me em casa. Mas estava a 30 km de distância! A Vita oferece também duas câmaras, uma frontal e uma traseira, esta última com aplicações ao nível da realidade aumentada e ainda os clássicos botões L e R, Start, Select e PS. Deixei o melhor para o fim, o inovador painel táctil traseiro que permite usar os dedos que seguram a máquina para interagir com os jogos, enquanto o jogador utiliza rapidamente os polegares para funcionalidades Touch no ecrã. Esta funcionalidade requer alguma adaptação, visto poder haver interferências no controlo se colocarmos acidentalmente os dedos no painel, mas talvez seja o facto de não ser usual interagir deste modo com um jogo que leve a esta habituação já que o espaço traseiro da consola é suficiente para utilizar o painel e segurar na Vita sem quaisquer problemas. Finalmente, a portátil vem equipada do sistema de sensor de movimentos Six-Axis. GPS, Wifi, tecnologia 3G, um slot para cartões de jogos Vita e outro para cartões de memória. Tal como a PSP também a Vita pode ser usada como comando PS3, possuindo conectividade Bluetooth.
Uma das mais promissoras funcionalidades da consola é a jogabilidade multi-plataforma em conjunto com a Playstation 3, sendo possível continuar um jogo da Vita na consola caseira ou ter sessões multijogador entre as duas consolas. O futuro dirá o modo como estas funcionalidades serão implementadas pelos estúdios, mas a perspectiva de jogar um shooter multijogador ou FIFA em dinâmicas de jogo diferentes é muito promissora. O foco da consola na conectividade dos jogadores é visível no tipo de aplicações que apresenta no seu interface, a Live Area. Aqui podemos encontrar funcionalidades como Facebook, Twitter, Skype, navegador de internet, Playstation Store e muitas outras a que os jogadores playstation já estão habituados. Uma das mais importante novidades é o Near, uma aplicação que permite, para além de interagir com os amigos (Vita ou PS3), localizar jogadores na região geográfica onde o utilizador se encontra e jogar ou interagir com eles, deixando ou apanhando gifts, por exemplo. Com a aplicação Party os jogadores têm a possibilidade de criar um grupo de até 8 utilizadores com que podem interagir com mensagens de texto ou com voice chat, independente do jogo onde se encontram nesse momento.
A galinha teve a oportunidade de experimentar mais alguns jogos e confirmar que o line-up da PS Vita é para todos os gostos. Uncharted: Golden Abyss coloca-nos Nathan Drake à distância de um dedo, com a jogabilidade a que já nos habituamos, e com algumas mecânicas específicas da Vita, como o uso do sensor de movimento para fazer mira e o painel táctil para levar Drake a saltar diversas plataformas; Little Deviants permite-nos manipular o terreno através do painel táctil traseiro de forma a levar as criaturas a bom porto, oferecendo um exemplo do potencial desta funcionalidade; Reality Fighters é um jogo de luta que usa realidade aumentada para fazer do ringue de combate qualquer superfície que queiramos, desde o chão até às costas do gato da vizinha (se bem que é provável que este último não fique em cena durante muito tempo). Por falar em gatos, tivemos a oportunidade de conhecer um gato que não obedece às leis da gravidade. Tentamos lhe fazer um festa mas ele começou a reluzir de uma forma medonha antes de percebermos que podíamos planar em pleno ar ou subir tranquilamente prédios pelas parede acima. Bom, nós propriamente não, mas antes Kat, a protagonista de Gravity Rush, um jogo de aspecto deslumbrante em podemos desafiar as leis da gravidade, controlando a personagem com o six-axis ou com manipulo analógico. Já Escape Plan permitiu-nos controlar um simpático humanóide chamado Lil através de plataformas e armadilhas usando apenas o toque para transmitir ordens. Arrastar o dedo no ecrã leva o personagem a caminhar nessa direcção, tocar em Lil para-o no seu lugar e foi possível ainda usar o painel táctil para interagir com os obstáculos em certos puzzles. Ou então simplesmente deixar Lil estatelar-se de cabeça no chão depois de tropeçar num tijolo. Que maldade!
No Centro Comercial Colombo em Lisboa, o lançamento da Playstation Vita ocorreu à meia-noite e locais como a Fnac e Game estiveram abertos para receber os primeiros consoleiros, para além de terem sido feitas promoções apetitosas para aqueles que não quiseram esperar nem mais um minuto para meter os dedos na nova portátil.
A PS Vita é um apanhado de todas as tendências de jogo actuais: Portabilidade, jogos acessíveis, controlos adaptados para jogos mais Core, jogabilidade Touch, conectividade, redes sociais e tecnologia de ponta. É uma consola que parece querer agradar a todos e pelo menos em termos de hardware parece conseguir. Tem um aspecto fantástico e consegue “apinhar” toda esta tecnologia na palma da nossa mão. Se a Playstation Vita trará nova vida às consolas portáteis só o tempo o dirá, o potencial está todo lá, esperemos agora pelos jogos. E por favor, não comam batatas fritas a jogar na vossa Vita.
Comments (2)
Repórter André e João “Pita Parca” ao ataque!
Subscrevo o que o André disse – estava mesmo muito, muito frio :P
Não estava frio nenhum no Colombo. :)