O Rubber Chicken foi à Nintendo experimentar Kid Icarus: Uprising na 3DS e ficou-se com vontade de jogar mais.

 

Kid Icarus, um título lançado em 1986 para Nintendo NES e posteriormente para Game Boy como Kid Icarus: Of Myths and Monsters, volta agora para uma nova aventura num mundo de fantasia e com muita acção, em 3D. O Anjo Pit é o protagonista numa batalha frenética contra as forças comandadas por Medusa e conta com a ajuda de Palutena, Deusa da luz, que lhe concede o Poder de voar, entre outros.

Pelos três primeiros episódios que se experimentou, não faltou muita acção no ar e em terra, com uma grande variedade de inimigos estranhos (e outros fofinhos), com humor e bem ao estilo Japonês. O flow do desenrolar da acção demonstra-se com bastante profundidade pelo sistema estereoscópico. Esta profundidade não resulta apenas deste sistema da 3DS e com bom tratamento, mas também do detalhe que o jogo apresenta, não só pelas variadas personagens, como também dos ambientes que se percorrem e de não existirem tempos minimamente mortos. Há momentos em que não se consegue acompanhar toda a acção que se desenrola nos dois ecrãs, estando por exemplo a lutar contra os inimigos (no ecrã 3D) e haver diálogos com animação a decorrer no visor de toque (touch screen). Porém, a qualidade das vozes retiram em muito a necessidade de separar o olhar do ecrã 3D e, mesmo assim, há sempre espaço para ir desviando o olhar. Utilizando a caneta (touch pen) no visor inferior, comandamos a mira no visor superior com precisão e é aqui que Kid Icarus: Uprising “brilha” nos comandos. Por muita acção que haja, não temos necessidade em excitar demasiado os botões e depois de algum tempo não ficamos cansados ou irritadiços. É também por isto que referi o flow no jogo e aqui estamos descontraídos a levar com toda aquela vertiginosa acção.

 

Fala-se de um jogo de acção, mas é também entendido como um RPG, pela quantidade de Itens que se conseguem desbloquear no jogo (foram muitos só por uma demo) e pelos upgrades, compra e venda de armamento que é trocado por corações (sistema de pontuação do jogo), ou vice-versa. Armas de longo e curto alcance, de variadas formas: espadas, garras, canhões, orbitars (orbs), staffs, arco e flechas, e mais. Estas armas têm características diferentes e aparecem no Gears menu, onde podemos trocar ao longo do jogo, experimentar num mapa de teste ou repetir os níveis com as novas armas. O mais impressionante é que é uma sensação de luta sempre nova, com combinações e resultados diferentes.

Além de armamento, temos power-ups que apanhamos durante o Gameplay (tal como um escudo traseiro ou granadas) e poderes especiais que podemos combinar num menu ao estilo Tetris, por peças, para depois usar durante as lutas. Estes poderes são bem-vindos, especialmente para usar quando há demasiados inimigos em cena ou contra os bosses. Não quero comparar a outro jogo, mas dou uma dica em relação a estes poderes: é muito ao estilo japonês e com um visual marcante. Um Mega Laser? Meteor Shower? Bom!

Chickens are not allowed to see this!

 

Para terminar, falta referir um pequeno detalhe sobre Kid Icarus: Uprising. Espero não me esquecer de nada, mas já deu para entender o que se pode esperar deste jogo, que será certamente um dos jogos do ano para 3DS. Colectam-se uns ovinhos que depois se lançam a partir de uma tigela para se converterem em itens usáveis. Até aqui parece nada de especial, mas a forma como se lançam os ovos pela mecânica do jogo e “What the heck? A rubber chicken guy throwing eggs?”, acabou por ser o ponto final na sessão, com piada. Muita piada.

Mais uma vez, o Rubber Chicken foi à Nintendo… e gostou!