Para comemorar o dia de hoje, nada melhor do que revisitar alguns dos jogos mais influenciados pela fatídica data. Sexta-feira 13 é no mundo do terror mais conhecida pela saga de slasher movies iniciada em 1980 pelo filme com o mesmo nome, que originou inúmeras sequelas e adaptações ao longo de mais de 20 anos. Também os jogos foram influenciados por este filme, mais do que a data propriamente dita. Vamos relembrar dois desses jogos.

Friday the 13th

Jogo baseado directamente sobre os filmes, lançado em 1985 pela Domark para Commodore C64 e com sucessivas versões para os micro-computadores da moda. O jogador controlava um jovem, recém chegado a Crystal Lake para alguns dias de parvoíce, bebedeiras e sexo desprotegido, cujas férias foram interrompidas pela presença de um brutamontes psicótico de mascara de hockey, armado com um machete. Uma maçada. Uma história tão empolgante só poderia resultar num jogo emocionante, de controlos afinados, daqueles que ficam para a história. Mas estou a pensar noutro jogo com certeza, Friday the 13th era um bocadinho terrível. A dinâmica de jogo girava em torno de encontrar ou criar uma zona de santuário, onde Jason não pode entrar, e depois convencer os vossos amigos a ficarem nessa zona, sãos e salvos, coisa que é mais fácil de dizer do que fazer.

Um jogo de meter medo

Friday the 13th (NES)

Publicado em 1989 pela LJN e desenvolvido pela Pack-In-Video, é considerado por muitos como um dos piores jogos de sempre. O jogador controla seis contínuos do campo de férias, desta vez com uma perspectiva de scrolling lateral, tendo cada um dos personagens capacidades diferentes. O objectivo é encontrar Jason e derrota-lo três vezes, desta vez como uma mecânica de jogo ao estilo de Punch-Out, sem deixar morrer os adultos ou as criancinhas. O jogo é conhecido pela sua jogabilidade frustrante e por ser uma adaptação pobre do filme em que se baseia. E por alguma razão Crystal Lake aparece repleto de zombies durante o jogo. Se restavam dúvidas de que estávamos nos anos 80, olhemos com atenção para o fantástico fato-de-treino cor-de-rosa de Jason Voorhees, no video em baixo.

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Splatterhouse

Originalmente lançado em 1988 pela Namco como uma cabine de arcade, Splatterhouse era um beat-em-up fortemente influenciado pela cultura do slasher movie dos anos 80, particularmente pelos filmes Sexta-feira 13 e Evil Dead. Ao visitar uma mansão decrepita com a sua namorada Jennifer, Rick vê a sua namorada raptada e é deixado às portas da morte. Visitado por uma mascara demoníaca, Rick aceita ser possuído pelo espírito da máscara que lhe confere força sobrenatural mas condena-o aos seus terríveis desígnios. O jogador controla Rick, que mais parece Jason Voorhees, em perspectiva de scrolling lateral ao popular estilo de então, realizando ataques corpo-a-corpo ou usando armas como cutelos ou barrotes para despachar os grotescos inimigos.

Splaterhouse foi um dos primeiros jogos de forte componente gore, com os inimigos a serem esmagados, decepados, estripados e esborrachados em cenários de destruição e mutilação, razão pela qual sofreu forte censura na sua conversão para as consolas nos anos seguintes. A versão arcada e o port para o computador japonês FM-Towns Marty são as únicas que contêm todos os elementos originais do jogo, como o cutelo, substituído por um barrote de madeira nas versões subsequentes. Também a quantidade de vísceras libertadas pelos inimigos e algumas das cenas (como a famosa cruz invertida) foram retiradas da versão da TurboGrafx-16, ou de Splatterhouse 2 para a Megadrive que é essencialmente um remake do primeiro jogo.

Uma relíquia dos anos 80

 

Uma versão de Family Computer (NES Japonesa) foi ainda lançada em 1989, intitulada de Splatterhouse: Wanpaku Graffiti, que pouco tem a ver com a original, já que apresenta uma abordagem cómica à tematica do terror, com jogabilidade mais próxima das plataformas do que do beat-em-up. Splatterhouse 3 foi lançado exclusivamente para Megadrive/Genesis e introduziu uma dinâmica de jogo mais exploratória e com backtracking.

2010 viu nascer um remake da nova geração, Splatterhouse foi lançado para Xbox 360 e PS3 recebendo críticas moderadas. O jogo apresenta-nos a clássica história do jogo, com jogabilidade beat-em-up em 3D e com alguns níveis retro de perspectiva de scrolling lateral. A medida que progredimos no jogo vamos também desbloqueando os três clássicos Splatterhouse nas suas versões não censuradas, o que é especialmente empolgante para os fãs que nunca tiveram a oportunidade de jogar a versão original em toda a sua glória de vísceras pixelizadas. A nova iteração do jogo faz jus ao seu nome, já que é dos jogos com maior quantidade de sangue por metro cúbico de toda a história dos videojogos. O jogo ideal para um belo serão em família.

Uma boa Sexta-feira 13 para todos.