Dia 29 de Junho marcará o regresso de um dos clássicos de terror do mundo dos videojogos. Project Zero 2: Wii Edition é um remake de Crimson Butterfly, o segundo jogo da consagrada série Fatal Frame, como também é conhecida nos EUA. Os jogadores Nintendo terão oportunidade mais uma vez de usar a Câmara Obscura, a amaldiçoada máquina fotográfica capaz de capturar os espíritos dos mortos.

Originalmente lançado em 2001, Project Zero cedo se estabeleceu como um dos mais assustadores jogos de sempre, introduzindo uma dinâmica de jogo inovadora, incidindo a acção sobre a exploração e a ambiência das localizações decrépitas que o jogador era obrigado a visitar. Usando uma câmara fotográfica com poderes do oculto, o jogador tinha a possibilidade de alternar entre o controlo da personagem na terceira pessoa e a visão na primeira pessoa, através da qual podia fotografar e capturar espíritos de acordo com o tempo de exposição à câmara.

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Project Zero 2: Crimson Butterfly foi lançado em 2003 e é considerado por muitos como o melhor capítulo da série. Nele o jogador assume o papel de Mio enquanto explora uma misteriosa e amaldiçoada aldeia japonesa, na companhia da sua irmã gémea Mayu. Depois de perseguirem uma borboleta escarlate para dentro de um bosque, as duas irmãs vêem-se perseguidas por misteriosas forças sobrenaturais enquanto tentam descobrir que mistérios a aldeia esconde e fugir da escuridão que assolou o lugar.

Acreditem quando vos digo que Project Zero não é para cardíacos nem pessoas facilmente impressionáveis. Toda a ambiência do jogo é de um peso terrível, com pequenos detalhes que nos fazem ficar com pele de galinha. Caminhar por um corredor, ouvir um pequeno barulho, um gemido, um sopro, um movimento de alguém, para em segundos vermos um espírito aterrador bambolear na nossa direcção é uma experiência terrivelmente emocionante. Daqueles jogos que fazem dar gritinhos aos mais corajosos valentões e valentonas. E acreditem em mim, vão dá-los em alto e bom som.

Vou apanhá-las todas!

Em Project Zero não lutamos, não existem pistolas nem caçadeiras, só a nossa máquina. Quanto mais tempo tivermos a capturar o espírito na nossa visão, maior o grau de carga que a Câmara Obscura ganha e consequentemente maior o dano infligido nos fantasmas. Tirar a foto em determinados momentos pode igualmente dar dano de bonus assim como capturar mais do que um fantasma na mesma foto. Diferentes tipos de filme podem ser usados na máquina de modo a aumentar o dano espectral e modificar as lentes pode activar poderes especiais como atordoar espíritos ou reduzir a sua mobilidade através de combos. O combo Fatal Frame permite obter uma rápida sucessão de fotografias e dar ainda mais dano aos espíritos.

A nova versão da Wii permitirá usar a lanterna com os controlos de movimento e explorar o ambiente, possibilitando descobrir itens escondidos e oferecendo um nível de imersão apenas possível com este tipo de controlador. O Wii Remote permite ainda manipular os movimentos da personagem ao abrir portas ou interagir com itens. Se tivermos demasiado assustados ao abrir uma porta, libertar o botão A leva a que Mio largue a maçaneta e hesite nos seus movimentos, dando ao jogador um maior e mais imersivo controlo sobre as acções do personagem.

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Project Zero 2: Wii Edition oferece ainda o modo Haunted House, uma versão on-rails ao estilo parque temático e um modo para dois jogadores, em que o nosso parceiro controla os momentos em que os fantasmas aparecem e também os sons que são emitidos pela pequena coluna do Wii Remote, de modo a assustar o outro jogador.

Project Zero é um jogo que pelas suas mecânicas é facilmente adaptável à geração de Motion Controls e funcionalidades Touch. No entanto torcemos sempre o nariz quando ouvimos a palavra remake, principalmente de jogos clássicos de jogabilidade consistente e que resistiu ao teste do tempo, já que este é um título que ainda hoje se joga sem problemas, tirando a muda de cuecas que temos de fazer de 30 em 30 minutos. Ninguém disse que o jogo não tem aspectos menos conseguidos.

Olhó...fantasminha?

Apesar disto, todos aqueles que não tiveram a oportunidade de jogar um dos melhores jogos de terror de sempre vão agora poder fazê-lo de um modo um pouco diferente e que provavelmente irá trazer ao jogo novas sensações, mesmo aos antigos jogadores. Os modos multijogador e Haunted House parecem abrir o leque de experiências, pelo que esta reedição acaba por ser mais abrangente no que diz respeito aos jogadores alvo. Esperemos que tanto o modo clássico como as novas adições façam jus a Project Zero 2 e como ainda faltam 2 meses para o lançamento, deixo aqui o meu pedido à Tecmo que considere uma edição especial com cuecas descartáveis, ou que pelo menos, as venda separadamente em pacotinhos.

Para se inteirarem do que vos espera, partilho aqui uma pequena amostra do clássico Project Zero, pelas mãos dos 4playerpodcast, responsáveis por algumas das sessões de jogo mais hilariantes de sempre.

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