E ele ai está. A chuva molha, as princesas são raptadas e presas em castelos, os zombies irão eventualmente destruir a humanidade e a Activision lança um Call of Duty todos os anos. Mesmo com todas as celeumas que rodearam as fugas de informação acerca de Black Ops 2, a verdade é que a surpresa do seu lançamento é muito pouca. Ontem foi revelado o primeiro trailer do próximo jogo da Treyarch, assim como algumas informações relativas ao shooter que irá ser lançado a 13 de Novembro deste ano.
Com tantos anos de Call of Duty, poucas ou nenhumas novidades restariam para os aficionados da série, e ainda assim a Treyarch parece ter conseguido cativar a nossa atenção. A primeira surpresa é que Black Ops 2 será passado num futuro próximo, mais concretamente 2025 e o cenário de batalha será significativamente diferente e mais futurista. O segundo facto é que os jogadores terão oportunidade de continuar a história do primeiro título, jogando no “passado” em teatros de guerra como a guerra no Afeganistão dos anos 80.
Segundo a Treyarch, Call of Duty: Black Ops 2 serão três jogos num só. Na campanha Singleplayer, as palavras de ordem são história ramificada. Os developers prometem uma experiência narrativa nova, com as decisões do jogador a terem peso sobre o desenrolar da história e o seu final, sendo as acções tomadas em tempo real e com consequências imediatas sobre a história. Existe ainda um foco sobre o vilão, sendo que o jogador acompanhará o seu crescimento ao longo das diferentes épocas em que o jogo se desenrola, e pelo que ouvimos, parece ser um elemento chave da experiência singleplayer. O modo multiplayer regressará com certeza, poucos são os pormenores neste momento mas sabemos que existe um foco sobre fazer com que o jogo seja tão divertido de jogar como de ver. Regressa ainda o modo Zombies que não será apenas um extra mas uma parte integrante do pacote Black Ops 2.
Uma das novidades é o Strikeforce, descrito pela Treyarch como um modo de jogo sandbox em que o jogador pode alternar o controlo entre todos os elementos do jogo, sejam eles soldados ou veículos autómatos, podendo ter ainda uma visão mais abrangente da área de combate, que parece ser uma experiência mais próxima de um RTS com controlo na primeira e terceira pessoa.
A série Call of Duty mostra actualmente sinais de alguma estagnação, mesmo com a aderência da platforma Elite, a verdade é que muitas são as vozes que se levantam, concretamente contra Modern Warfare 3. E quando a linha de montagem COD parecia cuspir mais um título para o monte, a Treyarch mostra sinais de querer testar os limites da série, tanto ao nível do setting do jogo como no novo modo Strikeforce. Colocar a acção em dois períodos de tempo tão distintos permite não só cativar os jogadores com os elementos familiares a que estão habituados como garantir que a transição para uma realidade militar futurista se torne ainda mais surpreendente e cativante. Essa realidade abre consideravelmente o leque de soluções de gameplay que os developers podem oferecer aos jogadores, já que tudo pode valer. No vídeo podemos ver os famosos Quadrotor e também diversos veículos autómatos que nos fazem lembrar outro senhor de bigode branco e que já anda nestas andanças à mais de 20 anos. Não negarei que ao ver o trailer me recordei desse outro senhor, de seu nome Solid Snake.
Por muito que a campanha seja envolvente, a ramificação da história é um artifício com que a maior parte dos jogadores já lida à muitos anos e que normalmente nunca corresponde às expectativas. Se este tipo de solução significa que a campanha será mais longa e menos on-rails, então será certamente bem vinda, já que ao longo dos anos Call of Duty se tem tornado nesse campo mais parecido com uma voltinha no carrossel do que uma experiência propriamente desafiante.
Mas são os modos Zombies e Multijogador que irão atrair mais jogadores. Sobre isto pouco sabemos, mas certamente os próximos meses trarão mais notícias acerca de se a Treyarch pretende inovar ou simplesmente palmilhar por terreno seguro. Uma coisa podemos especular, que a quantidade de Killstreaks robotizadas irá certamente disparar. Confessem lá que não se imaginam a desfazer os vossos oponentes com aqueles Quadrotors.
E não esquecer o principal rival de Black Ops 2 este ano. Halo 4 é um shooter futurista. Coincidência? Digam-me vocês.
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Comments (1)
Seja como for a Treyarch ainda não se assumiu como um estúdio capaz de agarrar no franchise como COD e fazer um jogo sólido como já se viu em World at War e Black Ops 1 por isso questiono muito a qualidade de um jogo com tantas e diversas opções e realidades de jogo quando nem uma sabem fazer como deve de ser, mas pode ser que esteja enganado