Aquilo que parecia apenas mais um trailer de lançamento na caixa de email, revelou-se uma epifania. O novo promocional de Ghost Recon: Future Soldier foi editado como se de um documentário se tratasse. O mesmo estilo visual, as entrevistas, a narração, tudo emprestando uma sensação de maior realismo à narrativa.

Isto levou-me a pensar porque será que o shooters continuam a apostar em copiar a experiência cinematográfica de ficção, em vez de começarem a copiar o género do documentário? Porque não podemos ir caminhando pelos campos enquanto ouvimos a história de um entrevistado, sobre as atrocidades nesse campo? Porque é que as nossas acções não podem ser acompanhadas de uma narração que nos vai descrevendo o que aconteceu ou o que está a acontecer, como se fosse uma narração da realidade? Um género de adaptação do estilo de Bastion a um Modern Warfare, com pitadas de canal História e National Geography. E, já agora, porque não temos planos de câmara mais fixos, mais abertos e mais contemplativos relativamente à acção, que sejam menos on-rails mas nos transmitam mais a crueza e o vazio da guerra?

Talvez seja este o próximo passo nos jogos de combate na primeira pessoa. Um filme causa-nos mais emoção visceral, mas um documentário fica-nos gravado com mais força na memória, fruto do impacto da realidade. Seria muito bom os FPS amadurecem nesse sentido e este trailer já é um bom princípio. Falta agora sair dos filmes promocionais e passar para a jogabilidade.

http://www.youtube.com/watch?v=rZx8UhuY-Ok