Imaginem que chegam a casa, ligam a vossa PS Vita, lançam o jogo Smart As… (mas que grande ideia de nome!) e descobrem que têm o pior nível de inteligência dos jogadores no raio de um quilómetro. Desesperados, decidem tomar uma resolução de vida e passar todos os dias a treinar o cérebro com a vossa consola e a correr todas as manhãs (eu sei, correr não faz parte do artigo mas posso sempre tentar promover um estilo de vida saudável, não?). Após dois meses de árdua diversão ultrapassam todo o bairro e, para vossa maior surpresa, deixam todos os vossos amigos na Playstation Network a parecerem portadores de cérebros de lula.
Brain Training foi um dos motivos que, para a grande surpresa dos jogadores de todo o mundo, levou a Nintendo DS a vendas astronómicas. Aquelas imagens promocionais de Nicole Kidman a jogar e a afirmar que usava o jogo diariamente levaram a plataforma a milhões de jogadoras e jogadores casuais, iniciando uma revolução num mercado que a Apple mais tarde saberia aproveitar.
Não é por isso surpreendente que a Sony esteja a tentar ter o seu personal trainer de cérebros e é essa fasquia que Smart As… quer atingir. O jogo, verdade seja dita, assusta-nos pelo facto de alguns dos treinos usarem giroscópios e outras funções da consola que podem treinar menos o nosso cérebro e muito mais a nossa paciência. O estilo gráfico também nos deixa algumas dúvidas, mas só testando é que podemos ter a certeza se é um grafismo que se adequa à jogabilidade.
O melhor é mesmo a comparação social dos nossos resultados, globalmente, através do Near ou a partir da nossa lista de amigos. Essa é a mecânica que poderá tornar este jogo mais apetecível que os restantes e os seus 20 quebra-cabeças de aritmética, lógica, linguagem e observação um desafio ao qual se regressa diariamente. O pior é se nem isso servir para nos tornar os mais espertos. Em último caso, podemos sempre continuar a tentar a corrida.