Autobots ou Decepticons? Apesar de Optimus Prime ser um brinquedo fantástico, um camião azul e vermelho enorme que se transforma num robot, a verdade é que em miúdo preferia a minha arma lazer Megatron. De qualquer maneira, a série The Transformers fez parte do nosso imaginário nos anos 80 e apesar do que possam pensar, nem tudo está perdido. Filmes de baixa qualidade à parte, o mundo dos videojogos viu nascer em 2010 uma nova iteração da série pelas mãos da High Moon Studios. War for Cybertron fez pela série o que Arkham Asylum fez por Batman, a criação de um jogo que faz jus aos seus conteúdos originais, elaborado com o respeito e dedicação merecidos e sem qualquer ligação ao cinema.
Podemos afirmar que é dos melhores jogos da saga, senão mesmo o melhor de sempre. É na sua essência um shooter na terceira pessoa com os melhores elementos que o género têm cimentado em termos de design nos últimos 10 anos, em que temos a oportunidade de viver a guerra pelo planeta origem dos gigantes de metal, pelos olhos dos Autobots e dos Decepticons. Um jogo de gráficos vistosos de tecnologia Unreal 3, foi laureado como adaptação fiel do universo da série e apenas criticado talvez pela falta de variedade de ambiências. Ainda assim, para um jogo passado num planeta cibernético, podemos dizer que o estúdio fez um óptimo trabalho no departamento visual.
Em Agosto teremos a oportunidade de terminar a guerra civil de Cybertron, e terminar significa a destruição completa do planeta, que obriga os nossos amigos de lata a procurar refúgio na via láctea, mais concretamente na Terra. Fall for Cybertron é a sequela directa do jogo de 2010 e estará disponível para PC, Xbox360 e PS3. Os jogadores terão a oportunidade de se converter de robot para uma forma alternativa, como o caso de Grimlock que se poderá transformar num T-Rex Dinobot e dos Combaticons, que se podem combinar no massivo Bruticus. Cada Transformer virá equipado com diversas habilidades consoante a sua personalidade e que serão usadas de forma distinta em diversas missões do jogo. O grapling hook de Jazz, a invisibilidade e ataques furtivos de Cliffjumper ou a artilharia aérea de Prime são alguns dos ataques específicos que prometem trazer mais variedade ao jogo.
A secção multiplayer trás também novidades com um modo de criação nunca antes visto, em que poderemos criar o nosso próprio Transformer, combinando uma panóplia de partes do corpo, cores, formas, armas, habilidades e veículos, por forma a finalmente termos a oportunidade de criar a Tarântula-Lamborghini-Bimbi dos nossos sonhos.
E se ainda não estão convencidos, dêem uma voltinha em War for Cybertron para tirar teimas. Se alguma vez foram fãs da série ou se simplesmente querem jogar um shooter um pouco diferente do que estão habituados, não hesitem em experimentar. Garanto-vos que converterem-se a meio de uma batalha num veículo ao som da cacofonia característica da transformação é simplesmente fantástico.
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