É já no próximo dia 29 de Julho que a maior exposição de videojogos parte para outras paragens. Queríamos que ficasse para sempre disponível, por forma a podermos matar saudades dos grandes clássicos e também garantir que os nossos Highscores de Pacman e Space Invaders se mantêm invictos. Se ainda não tiveram oportunidade de visitar a Game On, em exposição no Museu de Arte Popular em Belém, o Rubber Chicken propõem-se a vos dar uma pequena visita guiada à instalação, para aguçar o apetite de revisitarem alguns dos mais importantes jogos e consolas de sempre, enquanto é tempo.

A exposição é imensa e começa da melhor maneira possível, com um acesso privilegiado a algumas das cabines de arcada mais icónicas de sempre. Após uma visita relâmpago pelo final dos anos 50 e início de 60, com referências a Tennis for Two e Spacewar!, os visitantes têm ao seu dispor relíquias como Computer Space e Pong, dois pilares da explosão Arcade dos anos 70. E sim, terão a oportunidade de jogar ambos os jogos. As galinhas de serviço não resistiram a fazer o primeiro mano-a-mano do dia, numa fantástica instalação de Pong, projectado na parede.

Se nos dessem tremoços e cerveja, ficávamos aqui a viver durante 6 meses. No mínimo.

 

Não pretendemos estragar a vossa visita descrevendo em demasiado detalhe o que vos espera, deixaremos isso para uma análise mais detalhada dentro de algumas semanas, por isso diremos apenas que temos à nossa disposição uma panóplia de favoritos das épocas douradas das cabines de arcada. Jogos como Pac-man, Donkey Kong, Centipede ou Missile Command. Muitos mais estão disponíveis, mas temos de fazer uma ressalva para o fantástico Space Invaders e a sua versão em mesa de cocktail, a primeira iteração da máquina no mercado asiático. Compreendemos agora alguma da sua longevidade em termos de Highcores, significativamente mais difíceis de quebrar quando já bebemos demasiados copos de vinho de arroz.

A secção de cabines de arcada justifica por si só a viagem até Belém, mas a Game On ainda tem muito para ver. De seguida entramos no maravilhoso mundo das consolas e é sempre a verter lágrimas de nostalgia até ao final. Começamos por uma secção com as primeiras e mais bem sucedidas máquinas caseiras, Magnavox e Atari, seguindo-se micro-computadores clássicos como Commodore 64, Amiga 500 ou o mui bem amado dos Lusitanos, Spectrum. Todos eles expostos juntamente com exemplares de jogos, alguns deles jogáveis.

Não é ficção científica, é adubo para aterros.

Comando da Famicom com microfone e controlo de volume. Quem diria!

Saímos de meados de 80 para entrar numa secção vasta, de muitos, mas muitos jogos a correr em variadíssimas consolas, das 8 às 128 bits. Uma zona de maravilhosa promiscuidade inter-geracional, onde podemos estar a jogar Shadow of the Colossus na PS2, ao lado de Double Dragon na NES. Ocarina of Time, Mario Kart, Flashback ou Sindicate são exemplos da imensa diversidade que esta secção oferece antes de entrarmos numa zona um pouco mais contemporânea, com alguns jogos mais recentes como Alan Wake ou mesmo Rayman Origins. Mas não podemos deixar de vos estragar a surpresa de que têm à vossa disposição uma instalação de Steel Battalion a correr numa Xbox, e onde temos a oportunidade de nos sentar com a edição limitada do mítico controlador. Dezenas de botões, 3 pedais, dois joysticks e uma manete de mudanças compõem um dos mais completos e complexos modos de controlar um jogo, que é absolutamente delicioso de jogar, com a excepção dos momentos em que o nosso pesado Mech Warrior caia para trás pela nossa falta de jeitinho. Terminámos a batalha em beleza com uma pressionadela segura no botão de ejecção do piloto, e lá fomos nós pelos ares até à secção seguinte.

A galinha fez birra. Queria trazer o Bafta de Tomb Raider.

A nova zona destaca-se por duas vitrinas de exposição cativantes, uma com quase todo o merchandise Pókemon que possam imaginar (quase todo nem por isso, seria necessária uma exposição de dimensões semelhantes à Game On para esse efeito) e outra sim, com virtualmente todas as consolas portáteis mais conhecidas. Game Boy, Game Gear, Neo Geo Pocket, Atari Lynx, para citar algumas, são as máquinas electrónicas que se evidenciam como estrelas da companhia, máquinas como Donkey Kong ou Frogger. Infelizmente não se encontram disponíveis para jogar. Mais ao lado temos acesso a jogos tradicionais, numa pequena secção repleta de algumas das raízes do desenvolvimento de jogos electrónicos.

As últimas secções da exposição são mais contemporâneas e oferecem para além de um vislumbre sobre o desenvolvimento de jogos, algumas instalações onde podemos jogar em multijogador com bastantes mais pessoas. Jogos como Bomberman na Saturn, Smash Bros. ou Halo 3, permitem passar alguns minutos (ou horas) em animada disputa. As galinhas não resistiram a fazer um dueto de The Beatles: Rock Band e fingir que tocavamos Yellow Submarine. Esta secção têm disponíveis alguns assets de produção de jogos como Max Payne, Grand Theft Auto ou Tomb Raider que permitem um olhar mais próximo sobre o processo de desenvolvimento de um jogo AAA. Max Payne oferece-nos uma surpresa que nunca esperaríamos encontrar, mas terão de ver por vocês próprios.

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No final da exposição encontram-se ainda zonas dedicadas a jogos mais abrangentes como são os do Kinect, uma área seleccionada para torneios e secções dedicadas à produção nacional, que não ficou esquecida.

A Game On está quase a partir. O Rubber Chicken terá ainda outras oportunidades de visitar a exposição e vos trazer um olhar ainda mais detalhado sobre o vislumbre da grandiosa história dos videojogos que podemos encontrar no Museu de Arte Popular. Se ainda não visitaram o evento, não hesitem e preparem-se para passar horas a jogar algumas das obras que dão voz a esta nossa paixão pelos jogos. E melhor que tudo, não precisam de levar uma única moeda!

Não deixem de visitar o site da Game On para mais informações acerca da exposição e dos seus eventos.