Os jogos casuais nem sempre são o que espero e muitas vezes deparo-me com uma surpresa. Já repararam que, em muitos jogos, aparecem galinhas que são alvos secundários? Em muitos casos explodem. Não rebolam, não esperneiam, não “cantam de galo” num último suspiro, nem são atiradas para longe pelo impacto da bala. Explodem, espalhando as penas e desaparecem. Explodem assim em Fable Heroes; Counter Strike; Sly Racoon; Gears of War. Até Skyrim tem um mod para explodir galinhas, mas neste caso não esvanecem no ar. Explodir galinhas tornou-se algo um pouco vulgar, mas é para muitas produtoras um toque de humor imprescindível.
A produtora InterAction levou esse humor comum ao limite com Chicken Invaders, num formato de paródia de filmes de ficção científica como Star Wars e Star Trek. Inicia-se a série com uma simples e repetitiva acção, não passando apenas de um jogo engraçado pelo aspecto cartoon onde se pode matar galinhas. Galinhas aliens que lançam um OVO: Objecto Voador Oval.
A história da série abrange uma batalha contra galinhas interplanetárias, que querem apoderar-se da terra e exterminar a raça Humana pelas atrocidades cometidas contra as suas compatriotas terráqueas. Querem também acabar com os Chicken Burgers da McDonalds. Eu não me importava.
Chicken Invaders evoluiu. Quando experimentei o primeiro, há alguns anos, não consegui imaginar que um jogo com tanta falta de detalhes, mesmo sendo cómico, pudesse ser hoje um dos jogos casuais mais jogados em todo o mundo. Porém, Angry Birds também superou a barreira. Não, não é pelo facto de incluir pássaros. É? Não. Penso que é por serem ‘cute’.
Chicken Invaders 3: Revenge of the Yolk introduziu ao gameplay mais variedade, melhor aspecto gráfico, co-op até quatro jogadores, mais waves de galinhas. São milhares de galinhas a explodirem. Prosseguiram-se duas edições de Chicken Invaders 3: Revenge of the Yolk, sendo estas Christmas Edition (edição de natal) e Easter Edition (edição da Páscoa). No primeiro vestem as galinhas de Pai Natal e no segundo são trocadas por coelhos. Se são boas adaptações para estas festividades, pensemos apenas que explodir galinhas já é algo vulgar. Num aparte, a mesma empresa criou o jogo Piggly, outro jogo ‘cute’ que teve também direito a uma edição especial de natal. Bastaria colocar um gorro na cabeça do porco para desencadear uma comunhão de pensamentos que eleve a fofura, mas não proporciona alterações no jogo além desta. Um aditivo para exlamar “A Produtora desenvolve novo jogo!”.
Se fizéssemos uma edição “Rubber Chicken Invaders Christmas Edition”? Seria vulgar?
Chicken Invaders 3: Revenge of the Yolk expande-se para outras plataformas, neste momento para iPhone e iPad, também disponível para PC, Mac, Linux e Android. Podem encontrar a demo aqui ou comprar na mesma página por 17,50 €. Um preço discutível, se me faço entender. Mas não se faz omelete sem ovos, e a InterAction parece precisar de grandes ovos para fazer omelete.