Todos sabem que três horas de sono é o que muitos conseguem ao estar na XLParty. Todos sabem que três horas, após três horas, reflete-se na aptidão e no empenho, ultrapassada pela vontade e pelas bebidas energéticas. É esta vontade que se vê na XLParty. Uma vontade maior que qualquer outro factor que limita qualquer um de nós, os Gamers, e quem se dedica a estes.
São 2h30 da manhã e quase todos os lugares estão ocupados, com gritos de fundo um pouco longínquos pela dimensão do pavilhão. Vejo o “The Beast” à minha frente muito concentrado a jogar Battlefield 3, junto com a sua equipa; os espanhóis mais ao lado aplaudem os resultados; reúnem-se outros no centro para uma breve pausa com dois dedos de conversa. No outro lado do pavilhão, na zona de experimentação, algumas consolas alimentam-se das tomadas ainda ligadas, com muitos a jogar; eleva-se bem alto a peteca no local do Speedminton; e o pessoal da tuganetGames, que estão ao nosso lado, aproveitam também para jogar.
São 2h35 da manhã. O ambiente é tranquilo no meio dos olhares frenéticos em frente ao ecrã. Esta tranquilidade veio quebrar com o alvoroço da tarde, por tanta gente que passava na FIL, e que se encantavam em cada canto do recinto. Nunca vi tanta gente numa XLParty, mas espero um dia ver muitas mais. Aqui demonstra-se o peso da indústria dos Videojogos, e que mostra o valor que tem para todos: Famílias, Casuais e Serious Gamers.
Os torneios iniciaram-se em força, com a lotação esgotada da zona lan, garantindo uma edição com sucesso. Não terminou, mas já se pode afirmar o sucesso. O feeling que antecipou-se nas edições anteriores está no seu auge, com muito mais para mostrar nesta área de dez mil metros quadrados. Não há crise que trave este evento. Se a E2Tech tencionasse, fosse no cume de uma montanha, também seria realizado.
Espera-se no Domingo uma multidão de olhares curiosos, convidados pelas palavras de quem vive o momento. Espera-se que os mais audazes defrontem os prémios cobiçados pelos módicos e grandes torneios. Há sempre muitos prémios a serem ganhos e regalias a serem distribuídas gratuitamente. Mas essa não é a única razão pela qual passam por cá. É pelo encontro. É pelo convívio. É pela emoção. E se há algo que os jogos fazem, é unir todos os que ficam ou transitam, num ambiente singular.
Contudo, tenho saudades das caras que brilhavam e contagiavam só com um sorriso. Tenho saudades das outras meninas da Meo. Aliás, quem não tem?
Deixo aqui outras memórias deste segundo dia do Rubber Chicken. Para mais momentos eternizados, sigam as fotos no Facebook do Rubber Chicken.