Por Frederico Lira a.k.a Tatau Gamer

Num aumento de expectativas mais que mediatas e num escalar de surpresas, 2012 foi regido por mais e menos criatividade, pelo limar da tecnologia e por aspectos técnicos mais desenvolvidos. A Indústria dos Videojogos demonstrou-se capaz de auferir um leque de produtos com imensa qualidade, arrojados de novas ideias ou de simples power ups, conseguindo honores e curiosidade constante. Alguns previsíveis, outros melindrosos em destacar-se no mercado, outros a bomba do momento. A minha lista representa esses que me deixaram memórias marcadas, tanto pela nova abordagem que possam apresentar, mas também pelo aspecto técnico e que ultrapassaram o cepticismo que poderia ter.

Em 10º lugar, o jogo que me fez envolver pelo drama e pelo upgrade no sistema de combate, mas que não impressionou mais que o seu antecessor, Mass Effect 3. E como este ano dediquei-me a alguns Shooters, o 9º lugar vai para Halo 4, por afinar tudo o que há de melhor na série Halo, digno de produção Hollywood.

8º Lugar vai para Max Payne 3, por não decepcionar no reaparecimento do Polícia afectado pelo passado, mais maduro e sempre dedicado a tomar painkillers. Sine Mora ocupa o meu 7º Lugar pela direcção artística e o impossível hardcore mode.

Em 6º lugar, Dishonored, por fazer tremer de ansiedade muitos Gamers pela sua acção furtiva em primeira pessoa e reavaliar os jogos do género. The Walking Dead: A Telltale Games Series consegue o 5º lugar pelas decisões emocionais e narrativa intoxicante.

O 4º lugar vai para um dos mais corajosos jogos indie desenvolvido em cinco anos, com um design consistente e puzzles inventivos: FEZ. E os meus grandes vencedores são:

borderlands 2

3º Lugar: Borderlands 2

Quando algum criador ou produtor sabe ouvir as críticas, é o primeiro passo para a mudança. 2K e Gearbox souberam afastar os pensamentos reticentes em relação ao primeiro Borderlands e criaram um mundo quase perfeccionista, não esquecendo o que faz de Borderlands um dos melhores shooters co-op de sempre. O Epic loot e os encontros mediáticos foram aprimorados com um voice acting impressionante e, desta vez, há um fio condutor em Pandora e há o prazer de matar com tudo o que vier à mão.

Journey-Screen-Seven

2º Lugar: Journey

A jornada, a viagem, a solidão, o encontro e reencontro. A nossa história de vida. O 2º lugar de journey, que poderia bem estar no pódio mais alto, não é apenas pelo visual ou pelo quebrar de conceitos na indústria. É pelo que representa artisticamente para esta indústria. Veio criar faísca nos maiores produtores mundiais, dando o toque que faltava para demonstrar que os pequenos também vencem, pela qualidade, pela empatia humana e pela sua liberdade.

Far-Cry-3

1º Lugar: Far Cry 3

Para um desfecho legendário do ano, perdi-me na selva, abracei virtualmente a Ubisoft desejando que nos traga mais títulos como Far Cry 3. Este foi um jogo em que me mantive céptico, sem grande expectativas pelo evitável anterior da série. Legendário é a palavra correcta para definir Far Cry 3, com momentos de acção, drama e instantes caricatos de um leque de actores com carácter inigualável. Está tudo realizado numa balança precisa de divertimento e embrenho, afastando em pleno o desajeitado comentário quando se fala em Antecessores. Se recordarem o primeiro momento em que Far Cry vos passou pelas mãos, multipliquem por incontáveis minutos até chegar ao patamar da minha relação com o merecido primeiro lugar que apresento. Este é o conto de Alice no País das Maravilhas, para adultos.