Durante 20 artigos o Rubber Chicken antecipa alguns dos jogos que vão marcar um ano que promete ser um dos melhores de sempre. Todos eles foram anunciados para 2013 e em princípio fazem parte desta geração de consolas contando com a Wii U, PC e outros dispositivos. O nosso critério de ordem foi apenas a ordem alfabética.
Dark
Dishonored com vampiros na terceira pessoa? Um vampiro não é uma pessoa, portanto Dishonored com vampiros na terceira não pessoa. Quase todas as descrições de Dark parecem saídas do êxito da Bethesda: acção furtiva; mistura de componentes de acção com uma componente sobrenatural; elementos de RPG (qual é o jogo que não tem actualmente elementos de RPG?) e um mundo de jogo envolto em escuridão.
A Kalypso tenta desta forma aventurar-se num mundo diferente das simulações e estratégias de Tropico apostando na acção furtiva que ameaça, felizmente, tornar-se uma das tendências deste e do próximo ano. A maior diferença para o género é o universo ser apresentado em 3D Cel Shaded (Walking Dead Style) se bem que as primeiras demonstrações deixaram algo a desejar. Está no entanto prometida muita escuridão e muito silêncio enquanto nos “alimentamos” e o facto de queremos morder outros faz-nos querer jogar Dark.
Dark Matter
Na descrição deste indie surge a seguinte frase “fossemos nós pessoas fúteis e superficiais e mencionaríamos as sexy luzes e sombras dinâmicas, os efeitos de imagem de topo e as maravilhosas texturas pintadas à mão. Mas não o vamos fazer.” Só por esta, já ganharam a nossa atenção.
O jogo é um metroidvania em 2.5D, isto é, um jogo de acção em plataformas com exploração não linear que mistura perspectivas 3D com 2D tradicional. As imagens fazem-nos lembrar uma mistura entre Shadow Complex e Abuse num estilo que é sempre bem-vindo. Só nos deixa preocupados os movimentos da personagem principal. Preocupados mesmo uma vez que, coitada, parece que engoliu um ferro ou deu um jeito às costas.
Dark Souls II
As notícias sobre a minha morte são claramente exageradas, escreveu em tempos Mark Twain. O escritor americano porém não estava a referir-se a Demon Souls ou a Dark Souls, pois nesses não existe exagero nenhum. É morrer, voltar morrer, tornar a morrer e, depois de morrer, ainda morrer mais um pouco.
Mais hardcore que um filme com Ron Jeremy no elenco, a sequela ou triquela promete no entanto alguma acessibilidade para que todos possam desfrutar do jogo. Ui, a morte do artista? Não sabemos, mas a produtora quer manter a dificuldade extrema do original e adicionar modos mais fáceis porque acreditam que o universo deve passar a ser conhecido por mais jogadores. Com novos criadores à frente do jogo e com o criador original apenas a supervisionar não podemos deixar de estar apreensivos. Esperemos o melhor. Ou neste caso, esperemos o pior.
Darkout
O ano de 2013 vai por certo ficar conhecido por um boom nos jogos baseados em sobrevivência e muitos dos que estão na forja misturam o género de plataformas como acontece com Darkout.
No jogo que já pode ser acedido em versão Beta (se for feita a pré-reserva), a inspiração de Terraria é óbvia, mas em vez do estilo retro e 8 bit aqui contamos com um motor gráfico mais avançado muito baseado em avançados jogos de luz e escuridão. A luz é aliás um dos elementos centrais do jogo pois é necessária para iluminar o nosso caminho e para ser usada com elementos que garantem a nossa sobrevivência, mas é também uma fonte de atração para os nossos inimigos o que proporciona uma ambiguidade que deverá ser um dos pontos mais forte de Darkout. O jogo promete ambientes vastos, ciclo de dia e noite e muita exploração e interação com os elementos naturais.
Dead Island: Riptide
Zombies. Zombies e barcos. Se há coisa que a Deep Silver já nos mostrou é que adora usar ferramentas de marketing agressivo para nos deixar todos a falar dos seus jogos. Do impressionante trailer do primeiro Dead Island, ao nojento torso humano que seria oferecido com as pré-reservas da sequela, tudo acaba por servir para criar hype em torno da propriedade.
Com alguns problemas de mecânica e alguns bugs, o primeiro jogo foi no entanto uma das experiências mais próximas que tivemos de um FPS de Walking Dead bem feito (tirem o cavalinho da chuva para o próximo jogo da Activision). Riptide vai incluir grandes zonas pantanosas, navegação com barcos e ao que parece mais secções estratégicas “tower defense” mas sinceramente a única coisa que se pede é que resolvam os problemas anteriores e nos entreguem aquilo que o original prometera.