Quando as luzes se desligaram no auditório em Nova Iorque, onde a Sony apresentou à imprensa e ao mundo a sua próxima consola, percebeu-se que algo muito grande estava reservado para aquela noite. Um cinema a 180 graus, focos de luz a atravessar a sala e muito cuidado num arranque de apresentação que procurava declaradamente tons épicos prepararam o mundo. A primeira dica do que estava para vir apareceu quando apareceram no final do primeiro vídeo as letras P, depois a S e de seguida tudo parou.

A partir daí a apresentação em vídeo mudou para o tom do que é importante para os jogadores, mas uma frase desfez todas as dúvidas sobre não só o que ia ser anunciado mas sobre qual era a estratégia da Sony:

“A PlayStation quer ganhar à realidade”.

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Sony: O futuro em jogo.

Aquilo que se jogava ontem era muito mais importante para a empresa nipónica do que o futuro da PlayStation. A Sony jogou ontem o futuro da própria marca. Os anos recentes têm sido duros para a marca que está constantemente no vermelho e com prejuízos muito elevados. Uma das maiores perdas foi na electrónica de consumo, onde nos últimos 5 anos a Sony pareceu perder todas as batalhas.

Ultrapassada por todos nos telefones, falhada em conseguir a atenção dos consumidores para os seus tablets, a lutar para manter as vendas da sua linha de portáteis num mercado com ofertas mais baratas e ele próprio em queda, a vida da marca tem sido tudo menos fácil. Duas das suas maiores apostas revelaram-se estratégias muito mal montadas: As televisões 3D acabaram por ser fogo-de-artifício que apenas convenceu uma minoria dos consumidores e produtores de conteúdos televisivos, cada vez mais abandonadas e esquecidas; e a PlayStation Vita que envergonha semanalmente a marca de cada vez que aparecem números de vendas, não conseguiu até agora nem o interesse dos consumidores nem dos criadores externos à marca.

A PlayStation 3 foi a única aposta ganha destes últimos anos mas foi uma jogada muito arriscada e tendo ela própria contribuído para a queda do gigante. A divisão de jogos aguentou prejuízos ano após ano até começar a dar lucros e consumiu recursos à marca enquanto pagava um hardware a ser vendido com perdas financeiras em cada unidade. O que ontem estava e está em jogo é o futuro da Sony como empresa. Um falhanço nas duas próximas estratégias da marca, a PS4 e os televisores 4K pode significar o fim deste Golias.

 

Apresentação: O tom, timing e tempo certos.

A apresentação da Sony acabou por ser uma das mais bem conseguidas de sempre. A marca aprendeu com muitos dos erros do passado, de outras apresentações suas e até dos concorrentes e conseguiu focar-se em todos os pontos essenciais necessários para passar a mensagem. Mas qual era esta mensagem? São três na realidade, e provavelmente vamos continuar a ver a marca a reforçar estes três pontos:

“A experiência de jogo mais personalizada; A consola como o centro de todos os produtos; A plataforma mais poderosa.”

Isto é obviamente muito marketing misturado mas o tom da apresentação andou sempre colado a estas três prioridades e nada do que foi apresentado falhou em mostrar estas promessas.

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O timing deste evento foi também um dos mais inteligentes. A PS4 foi anunciada com uma quantidade de informação enorme relativamente não só à máquina em si mas principalmente à estratégia da próxima geração. Ontem a marca adiantou-se à Microsoft que provavelmente terá muitas semelhanças a anunciar para a sua próxima Xbox, mas que agora vão sempre soar a “… é como a PS4”. Por outro lado, com uma Nintendo a tremer com um lançamento fraco da Wii U em termos de adesão de público e criadores, o facto de a Sony ontem ter invadido alguns dos cavalos de batalha da Wii, como o Miiverse ou a jogabilidade noutro ecrã, mas já anunciando características ausentes da máquina concorrente (integração de partilha com outras redes sociais externas, ou jogabilidade noutro ecrã através de Wifi) provocou certamente ondas de choque nos escritórios nipónicos.

O tempo do evento foi também uma surpresa. Muitos analistas e muita imprensa afirmaram nas últimas semanas que íamos provavelmente apenas saber algo muito vago sobre a consola e sobre o futuro. Na realidade, tivemos mais de duas horas de evento onde curiosamente a Sony foi quase a todas.

 

Criadores: A Sony aprende com os erros

Ao longo de toda a apresentação a Sony não se cansou de referir os criadores. Começou por afirmar que desde o início da criação da PS4 que esteve sempre em contacto com as produtoras para que partilhassem as suas ambições e que todo o desenvolvimento da consola e estratégia da Sony foi conseguido em parceria com os criadores. Existe aqui alguma aprendizagem com um dos maiores erros do passado que foi a difícil arquitectura proprietária da PS3. Desde sempre as produtoras se queixaram da dificuldade de programar no ecossistema da PS3 e foi preciso esperar quase 5 anos até aparecerem jogos que realmente mostraram o potencial da consola.

Essa é uma das razões que levou a Sony a apostar numa arquitectura x86, isto é, num PC. Na realidade se formos analisar o que significa 8 core 64-bit x86 “Jaguar” CPU é nada mais nada menos que um PC de última geração. A outra razão menos óbvia e não dita é que isto vai ficar muito mais barato à marca do que apostar em tecnologia proprietária, uma vez que muitos componentes deste CPU da AMD vão permitir preços de fábrica partilhados com a produção dos PC’s normais.

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No entanto, percebe-se que a Sony quis mesmo construir um ecossistema fácil de utilizar pelas produtoras, similar à criação em PC e, sinceramente, não me parece que aqui esteja a vender a banha da cobra. Os anunciados 150 criadores já “assinados” para a PS4 mostram um apoio considerável e algumas das presenças ontem em palco surpreenderam. É certo que a Blizzard e a Bungie fazem parte de uma nova forma de estar financeira em que os criadores têm mesmo de apostar na multiplataforma para pagar os custos astronómicos de desenvolvimento, mas não deixou de ser simbólico o desfile de criadores em palco.

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A Sony mostrou também que os independentes fazem parte principal da estratégia. Nas primeiras palavras sobre a sua rede a marca referiu Unfinished Swan e Journey, mas foi a apresentação de Witness como um jogo que se irá estrear na PS4 (ninguém falou em exclusividade no entanto) que mostrou o empenho da Sony em continuar a apostar nesta estratégia já ganha. A presença do criador de Braid num palco tão importante mostra como as coisas mudaram nestes últimos anos e é de aplaudir que a Sony perceba a grande fatia que o género independente vai representar no futuro. A certa altura falou-se na facilidade de adaptar conteúdos já existentes em PC para a plataforma da PS4 e isso foi uma piscadela de olho subtil aos indies, habituados a criar primeiro no ecossistema mais seguro do PC e do Steam.

 

Potência: O jogo mais arriscado de todos

As nossas dúvidas em relação à sucessora da PS3, nos últimos meses, andavam sempre em redor de qual seria a estratégia da marca em termos de potência. Uma máquina poderosa acarreta custos elevados o que significa vender a prejuízo ou então vender a um preço incomportável para o consumidor. Com a concorrência a apostar noutras estratégias como a jogabilidade assimétrica da Wii U e do SmartGlass da Microsoft, poderia a consola da Sony apostar em outras inovações e não no poder de processamento.

Na realidade a Sony apostou nos dois lados ao mesmo tempo, mas a potência gráfica da PS4 é um jogo muito arriscado. A PS4 possui no seu interior um GPU gráfico Radeon capaz de atingir 1,84 TeraFlops. Isto significa um pouco menos de metade da capacidade da placa gráfica mais rápida do momento (mas que custa a módica quantia de 1000 dólares) e está equiparado a ofertas actuais no mercado dos PC’s que rondam os 400-500 euros só na placa. O facto de a consola estar equipada com 8 Gb de Ram mas, principalmente, Ram GDDR5 que é extremamente rápida na comunicação de dados mostra que a consola é verdadeiramente poderosa. A isto devemos somar o facto de a consola não ter que estar a gerir um sistema operativo pesado como acontece no Windows e de ser fabricada de forma a optimizar ao máximo a comunicação entre os seus componentes.

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A prova desta potência é que as apresentações mais recentes de motores de jogo da próxima geração, que se diziam ter sido apresentadas a correr nas GTX 690 da Nvidia, correram ontem em tempo real no hardware da PS4. O Unreal Engine 4 da Epic e o Luminous Engine da Square Enix pareceram não ter qualquer problema em serem mastigados pela nova consola da Sony e a demonstração em tempo real de Killzone mostrou capacidades equivalentes à última geração de computadores.

A que preço? Mesmo com um fabrico em massa como acontecerá com a PS4 não deverá ser possível baixar exageradamente os custos de fabrico desta configuração. Sabemos que vai continuar a ter discos rígidos, provavelmente com versões SSD e HDD comuns entre os 120Gb e 1TB, drive Blu-Ray, câmara incorporada de nova geração e um comando certamente com custos mais elevados, o que coloca o preço futuro da consola como o passo mais arriscado de todos. Um preço acessível coloca a consola no vermelho logo à saída da fábrica, um preço alto coloca o vermelho na carteira dos jogadores. O Rubber Chicken aponta para um preço entre os 400 e os 500 euros para as primeiras versões da PS4, o que acaba por estar a tocar em ambos os riscos ao mesmo tempo: não é barata mas também não é inacessível; sai a prejuízo mas poderá ser um prejuízo comportável. Veremos.

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A única vantagem que poderá ajudar a Sony neste jogo é, curiosamente, a PS3. A antecessora vai continuar certamente a vender muito durante os próximos 5 anos, ou até mais, como aconteceu com a PS2, mas agora está a vender com bons lucros. A PS3 poderá ser uma almofada de segurança financeira para amortecer os primeiros tempos e prejuízos certos da PS4.

 

Gaikai: o momento genial da noite

Estava reservado para David Perry, o CEO do Gaikai, o momento brilhante da noite e não era nada do que todos estavam à espera. Sim, a PS4 vai permitir a capacidade no futuro de jogar os jogos PS3, PS2 e PSOne em streaming a partir da Cloud. Aliás, até a Vita o vai permitir ou outro qualquer dispositivo actual e futuro que apeteça à Sony. Isso era a parte mais óbvia e só precisa de tempo para a sua massificação. A tecnologia de rede e de cloud gaming da Gaikai já ganhou recordes do Guiness pela sua velocidade e se alguém que tenha tecnologia de fibra em casa já experimentou a demo de Crysis 2 a correr nos settings máximos sem qualquer atraso já entendeu o que representa o futuro desta tecnologia.

No entanto, a Sony mostrou ontem que não comprou o Gaikai apenas para dar jogos aos saudosistas. 380 milhões de dólares é muito dinheiro mesmo para uma empresa como a Sony e esse valor mostrou que a compra da firma de cloud computing trazia água no capote. Na verdade, a estratégia foi incorporar e desenvolver a PS4 com as tecnologias de streaming mais avançadas não só para receber mas, curiosamente, para partilhar.

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A PS4 vai incorporar ferramentas muito poderosas de partilha e de cooperação ou competição multijogador. A tecnologia Gaikai vai permitir partilhar as nossas sessões de jogo com o mundo. Vamos poder assistir ao que os nossos amigos estão a jogar ou, melhor ainda, ao que os melhores jogadores do mundo estão a jogar e como estão a jogar. Vamos poder partilhar com os nossos amigos os nossos vídeos de jogo (a consola está sempre a gravar em background os últimos 15 minutos de jogo) ou então tornarmo-nos espectadores. Com uma integração inteligente logo à partida entre a PS4, o Facebook e o UStream, a Sony resiste, e bem, à sua tendência de fechar o ecossistema. Se queres vencer na rede social não os combatas, junta-te a eles.

O mais genial da tecnologia Gaikai desenvolvida para a PS4 é no entanto o facto de podermos “entrar” no jogo de um nosso amigo. Imaginemos que estamos a tentar passar um boss extremamente difícil e que morremos constantemente. Podemos pedir ajuda a um amigo que a partir de sua casa poderá tomar conta do nosso comando e ajudar-nos a passar essa área. Provavelmente ambos terão que ter o jogo comprado mas as possibilidades são fantásticas e fazem-nos sorrir ao pensar nelas.

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A Sony apostou e bem não só nas questões de comunidade mas principalmente nos eSports. Toda esta arquitectura parece montada para aquele que é um dos mercados em crescimento mais exponencial e esta forma de ligar as pessoas, de partilhar as nossas sessões de jogo ou de nos tornarmos espectadores percebeu-se ontem como a estratégia central da PS4. Ao contrário do que se esperava de tornar a próxima PlayStation cada vez mais num Media Center como acontece com a Xbox, a marca preferiu abraçar o mundo do desporto electrónico competitivo, dos torneios e campeonatos, do streaming de sessões de jogo: concluindo, a PS4 está mais preocupada com os jogadores do que com a família no sofá, talvez por saber que aí a concorrência tem muitas ofertas e quase sempre mais baratas e acessíveis.

A tecnologia vai também permitir partilhar qualquer jogo PS4 no ecrã da Vita, sendo a consola “grande” um servidor e a portátil um cliente. Isto significa que pela nossa rede WiFi caseira vamos poder jogar qualquer jogo PS4 na cama. Obviamente que isto faz-nos pensar na Wii U e no seu GamePad, mas com vantagens e desvantagens. As vantagens são a qualidade do ecrã da Vita que envergonha o do GamePad e o facto de as paredes da casa não influenciarem esta comunicação entre as consolas. A desvantagem é o preço da Vita, pelo menos por enquanto.

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Estão prometidos downloads e instalações em background e um arranque rápido dos jogos comprados. Isto significa que quando compramos um jogo podemos começar a jogá-lo rapidamente pois a consola descarrega o necessário para os primeiros momentos e enquanto jogamos vai carregando e instalando o restante conteúdo.

A Sony apostou muito nas suas características online para a próxima geração. Podemos até dizer que a Sony apostou tudo nas características online. A compra milionária de uma empresa; um foco centrado na partilha de conteúdos gaming; um botão de share no próprio comando; a possibilidade de um dia podermos jogar na Vita em streaming a partir de qualquer ponto que tenha uma ligação internet. A questão é saber se estamos preparados tecnologicamente para isso. Quem tiver fibra instalada em casa não terá qualquer problema mas o número de lares mundiais com redes muito rápidas ainda é reduzido. É no entanto uma aposta para a próxima década e dentro de dois anos já deverá existir umecossistema muito forte que suporte estas categorias tanto dentro de casa como fora dela com as redes móveis mais rápidas.

 

Controlo: Devolver o sofá ao jogador

O comando vai ser muito debatido nos próximos meses, amado por uns e odiado por outras. Não podemos dizer nada sobre a sua ergonomia enquanto não o tivermos nas mãos. Não vamos cair no erro de todos aqueles que falaram pessimamente do GamePad da Wii U e depois tiveram que comer o chapéu quando o seguraram pela primeira vez. Mas existem algumas características do comando que apontam caminhos acertados e aqui teremos de falar na concorrência.

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A luz de Move na parte frontal do comando aprende com uma lição já antiga: o Wii Remote original da Wii. Jogos como Metroid Prime 3 ou Skyward Sword, entre outros, permitiam integrar a jogabilidade de sofá com inovações de controlo de movimentos. A maior parte dos jogadores não quer andar aos saltos na sala ou a deslocar o ombro para poder progredir na acção e o que a Sony está a conseguir com esta barra luminosa no comando é devolver o sofá a estes jogadores mas adicionar-lhes mais algum interesse. E esse interesse é inspirado noutro concorrente, o Kinect.

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A PS4 vem acompanhada de uma câmara Stereo como aquela que está presente no Kinect. No entanto, os “olhos” da PS4 são capazes de ver uma resolução de 1280×800 pixéis cada um e isto permite uma enorme resolução no campo de visão. Combinado com os acelerómetro e giroscópio do comando, a PS4 poderá saber onde o nosso comando estará num espaço 3D, o que vai permitir que possa ser usado apenas para acções pontuais e não para andar a abanar o comando pela sala como um leque, uma vez que está integrado na configuração habitual de DualShock. Uma vez que a nova câmara contém também 4 microfones para perceber a espacialidade do som e está ligada por uma ligação dedicada (intitulada auxiliar pela Sony) à consola, irá certamente usufruir de um grande poder de processamento. Isto resulta na realidade num Kinect actual mas que se mantém compatível com os controladores Move tradicionais, isto é, a Sony junta os dois mundos na sua consola: com e sem controlador. Porque vão sempre continuar a existir um grande número de pessoas que gosta de saltar na sala a acenar para o televisor. Milhões.

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Outro acerto ao novo controlador bebe também na Microsoft, como os gatilhos mais arredondados como no controlador da Xbox, embora a posição dos analógicos mantenha a posição tradicional da PlayStation. A grande dúvida vai para o pequeno painel táctil similar ao ecrã traseiro da PS Vita. Por mais que puxemos pela cabeça não conseguimos ver aquela peça senão como uma ginástica que vai ser implementada por novidade (a.k.a. obrigação) nos primeiros jogos e abandonada com o tempo. Mas poderá ser apenas a nossa falta de visão. Ou a falta de visão da Sony…

Já o botão de share é a genialidade do comando e, mais uma vez, a verdadeira estratégia inovadora e surpreendente da PS4.

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Tudo somado: A próxima geração volta a ser do jogador

Esta acabou por ser a melhor mensagem do evento de apresentação da PS4. A Sony larga o foco principal do centro de entretenimento multimédia, que a consola continua no entanto a permitir, e centra-se nos jogadores e na partilha de conteúdos entre eles. A tecnologia Gaikai vai alimentar aquela que se define a si própria como a mais rápida e mais poderosa rede online para gaming e as opções de partilha, cooperação e competição vão abraçar o mundo em crescimento dos eSports fundindo-o com as redes sociais. O grande poder de processamento gráfico da consola vai permitir experiências de próxima geração ao nível do cálculo gráfico, da simulação de física e da inteligência artificial, assegurando que esta máquina é também ela para os hardcores.

O melhor foi que a Sony não se deixou desviar por mobile, apps e outras tendências. Elas vão lá estar certamente no futuro, integradas com a estratégia da PS4, mas o principal foi a construção de uma consola que tenta definir uma nova estratégia e principalmente uma estratégia própria, dirigida ao jogador e que assegura a colaboração dos criadores todos, dos AAA aos indies, da fanfarra TeraFlop do último shooter aos momentos emocionais e com importância do próximo indie. Os próximos tempos prometem.