A norte de Portugal, onde os caminhos se cruzam para quem vem de perto ou de longe, começou mais uma edição MEO XLParty. Durante as horas que o sol iluminava, os mais jovens chegavam e preenchiam um espaço cheio de cores e luzes. Sorriam, gracejavam, dançavam e cantavam. A banca da PressPlay contava por objectos um trajecto da história dos videojogos, mas poucos eram aqueles que por cá passavam e tiveram uma sensação de redescoberta. Dos olhares sobressaía uma clara atenção pela novidade, por mais retro que fosse o comando segurado pelas mãos.
O dia na Exponor foi composto por um público mainstream, com outras exposições a decorrer neste fim de semana da Qualifica, uma feira que promove a Educação, Formação, Juventude e Emprego. Consequentemente, o MEO XLParty acolheu a todas e todos que por cá passavam, destacando-se pelo ambiente mais descontraído e pela grande variedade de jogos e novas tecnologias para experimentar. Como todos os eventos XLParty, há elementos que se repetem, mas há sempre novidades. Diferentes expositores, novos produtos em exposição e à venda, novos torneios, novos jogos, novas formas de jogar, e alguns tentam levar a jogabilidade um pouco mais longe. Dos simuladores de condução ao “Game Gym” da Worten, dos computadores modificados que se multiplicam na zona lan à chegada dos participantes ao torneio Injustice: Gods Among Us, que se estreia nesta edição do Festival. Um jogo que destituiu o primeiro lugar em Inglaterra ao sublime Bioshock: Infinite.
À primeira vista, o pavilhão na Exponor parece estar maioritariamente ocupado pela zona lan. São muitos os lugares que vão ocupando desde o final do dia. A formação do espaço em “L” veio transmitir esta sensação de diferença de ocupação dos vários espaços (Zona lan e zona de experimentação, onde também decorrem vários torneios), mas esta edição não perdeu oferta nem força. Continua o grande festival que assume ser. Continua a ser o lugar de convívio e aproximação da indústria dos videojogos, com aquela grande parcela da competição que muitos de nós possamos não tão bem conhecer. Mas, mesmo para quem não compete e está presente, embate-se num carismático momento que só aqui o conseguimos descobrir. E por mais que entendamos sobre Videojogos, por mais que consigamos entender como o mercado funciona ou saibamos o que atrai cada um de nós nesta indústria, haverá sempre por cá uma ou outro que nos vai ensinar algo mais. Caso contrário, não estaria a escrever-vos este texto. Não estaria em Matosinhos.
E também se aprende a não esquecer que a boa disposição é, acima de tudo, a maior justificação para estar no MEO XLParty. A maior razão pela qual nos faz deslocar muitos quilómetros.
A lua veio substituir o sol e muitas caras. Como todas as edições, a zona de experimentação está calma e a zona lan vai enchendo cada vez mais. Já não faltam muitos lugares por ocupar. Gritam-se as típicas palavras que ressaltam no ar como num festival de Música, mesmo que a cobertura das mesas, entrelaçados num edredão, possam ser o substituo de uma tenda. E este é apenas um dos muitos aspectos que transformam este evento num peculiar acontecimento. É o primeiro dia. O dia que vem aquecer o ar de sons, cores e luzes.
Estamos cá, de novo, felizmente.
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