O PlayStation Mobile é uma das formas de alavancagem (finalmente utilizámos esta palavra no Rubber Chicken) da PS Vita. Este serviço, ou ferramenta, foi lançado há cerca de um ano ainda com o nome PlayStation Suite e foi criado para trazer uma “App Store” de jogos mais baratos a uma série de dispositivos mobile certificados pela Sony. Começando obviamente pelos smartphones e tablets da Sony, a lista de dispositivos rapidamente saltou para os dispositivos da HTC e, numa jogada de mestre, para a PS Vita.
Assim como na App Store ou no Google Play, o PlayStation Mobile permite dar uma vantagem tanto aos criadores como aos jogadores. Preços baratos para o licenciamento de jogos na plataforma, e jogos acessíveis para o público. Jogos como Beat Slider, Hungry Giraffe ou Super Crate Box são apostas seguras pois por um par de euros conseguem-se boas experiências de jogo. Isto, no caso da PS Vita, corresponde a mais tempo com a máquina na mão, tornando-a mais apetecível, assegurando que não seja esquecida na prateleira ou gaveta, um dos maiores perigos de qualquer portátil. Curiosamente, o jogo que eu mais joguei Vita até hoje foi o Jetpack Joyride, e já o tinha jogado largas horas em todas as plataformas em que foi lançado. Estes jogos que nos fazem voltar à consola mantêm o contacto com ela e conduzem, quem sabe, à aquisição dos títulos mais caros.
Os jogos disponíveis ainda não ultrapassam a centena, mas com um controlo de qualidade muito mais apertado aqui que em outras lojas virtuais, o que não dá lugar a jogos feitos em “cima do joelho”. A Sony quer no entanto mais criadores no barco e acaba de anunciar uma grande medida, largando o habitual custo associado aos programas de desenvolvimento. Assim como na App Store da Apple, também aqui custava 99 dólares fazer parte do PlayStation Mobile Developer Program. Agora, gratuitamente, muitos criadores vão certamente aproveitar para criar ou adaptar os seus jogos para as plataformas móveis da Sony.
O que isto tem de melhor é que coloca indies de empresa ou indies de garagem já em contacto com a PlayStation de um ponto de vista criativo, e com a PS4 a assumir-se também como uma continuidade na aposta indie que já foi a PS3, algumas descobertas podem ser feitas no futuro. Porque por cada Journey, Papo & Yo, ou Super Meat Boy, existiu sempre um primeiro jogo em Flash. Porque quem agora faz para mobile pode muito bem ser quem no futuro vai abanar as máquinas “maiores”.
Contactámos a PlayStation Portugal para saber quando o serviço vai chegar ao nosso país mas ainda não existe qualquer informação que possa ser avançada.