Os jogos de gestão free-to-play são uma das mais bem estudadas mecânicas de jogo e estão muito mais próximos dos jogos de casino que dos videojogos tradicionais. Jogos como Farmville ou Café World são dois dos maiores casos de sucesso entre centenas de jogos bem sucedidos, num universo de muitos milhares de jogos do género. Popularizados nos browsers e principalmente no Facebook, encontraram nos tablets e smartphones os seus ecossistemas mais milionários, onde a compra dentro das aplicações está extremamente facilitada.

Este jogos não inventaram nada de novo. Limitaram-se a juntar o melhor dos jogos já existentes do passado, como a série SimCity ou SimFarm, mas introduzindo as mecânicas do Casino de deixar ir ganhando para depois cobrar quando não conseguimos parar de jogar. Nisso, estes jogos são geniais, no entanto o seu design é frequentemente repetido, clonado e ao fim dos primeiros tempos de jogo sentimos que estamos a ser forçados a um sistema de jogo que não é natural. Muito poucos são os jogos que levam o conceito um pouco mais longe.

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Um desses jogos que se diferencia dos restantes é o novo Pixel People, criado pela LambdaMu Games e distribuído pelo gigante mobile Chilingo. Pixel People prepara-se para ser uma das maiores febres nos dispositivos móveis iOS (e outros no futuro) pela introdução de mecânicas de colecionismo diferentes, de um grafismo muito retro e de um tom muito cool, para além de um enorme sistema de recompensas. O jogo tem tudo para agarrar os casuais e os gamers ao mesmo tempo. Mas o melhor de tudo, Pixel People deixa-nos jogar muito antes de ter que (ou querer) pagar.

Pixel People coloca-nos no papel de criadores de uma cidade que vai crescendo aos poucos, mas este crescimento é feito a partir da criação de novos habitantes. Para quem jogou Tiny Tower temos semelhanças, só que invertidas. Em vez de criarmos os lugares onde vão estar os habitantes, criamos os habitantes que por sua vez vão dar origem aos lugares. O twist está no facto da criação dos habitantes ser feito a partir de clones masculinos e femininos ainda sem personalidade, e misturando duas profissões geramos uma profissão nova. Essa nova profissão traz consigo normalmente associado um novo edifício para colocar na nossa cidade.

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Existem 211 profissões para descobrir, muitos edifícios e estruturas para ir desbloqueando, e muito conteúdo para desbloquear. Cada edifício pode ainda ter pequenos jogos escondidos e isto junta-se a um número enorme de mecânicas recompensadoras. Edifícios que geram dinheiro mas que geram mais se tiverem todas as profissões necessárias para apanhar, quests de colecionismo que misturam tudo o que se pode descobrir no jogo, animais para apanhar, entre muitos outros.

Pixel People está afinado de forma a que possamos jogar muito e disfrutar sem pagar. O jogo oferece-nos o que é preciso ao longo do tempo, com muitas formas de ganhar dinheiro ou “energia” sem pagar, e o tempo de espera pela construção de novos edifícios ou profissões não é abusivo mas sim comportável. De resto, tem tudo o que os outros jogos do género têm: uma enorme capacidade de nos viciar e não nos deixar largar o jogo. Hoje escrevo-vos isto com olheiras carregadas e pouco sono no corpo, por culpa de duas noites na cama com o iPad no colo e a pensar constantemente, noite dentro: só mais uma profissão.

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Pixel People está disponível para iPhone e iPad, gratuitamente na App Store, com compras opcionais dentro da aplicação.