Making Happiness.
É assim que a Spry Fox se descreve no seu slogan, e nós concordamos. Muitas foram as horas de felicidade, até mais do que diversão, que tivemos a jogar alguns dos seus jogos. No meu caso concreto, Triple Town, um simples jogo de puzzle que mostrou de que forma se pode e deve inovar num género saturado de cópias e clones de pouca qualidade. Com uma mecânica provada, a de “fazer linhas”, a Spry Fox conseguiu criar um jogo muito próprio, com uma ambiência característica, uma temática que se encaixou perfeitamente nas mecânicas, também elas com algumas pinceladas de inovação.
E é por isso que o anuncio de Road Not Taken, um novo jogo de puzzle por parte destes senhores não constitui surpresa. Um jogo que tenta mais uma vez inovar em termos de narrativos, mas desta vez vai um pouco mais longe. Um jogo de puzzle acerca da vida e de perdas, passado numa terra devastada por uma tempestade de neve, com componente roguelike e em que várias playthroughs ajudam o jogador a ter uma visão cada vez mais nítida da história e do que se passa verdadeiramente nesse mundo. Uma descrição no mínimo ambiciosa.
Onde é que já vi aquele urso?
Pelo vídeo conseguimos ter um vislumbre do interface do jogo, e é bastante reminiscente de Triple Town, com uma quadricula em que podemos interagir com diversos elementos de jogo. Podemos ver ainda que existem 4 caminhos possíveis para tomar, cada um deles com uma espécie de condição associada. Destaca-se ainda a arte maravilhosa de Brent “Meowza” Kobayashi, director artístico de Glitch, o MMO inovador da Tiny Speck que infelizmente viu a sua vida ser tragicamente encurtada.
A Spry Fox cita como inspiração para o seu novo título o facto de na vida existirem inúmeras opções, caminhos que podemos traçar e que muitas vezes fogem àquilo que é padrão, àquilo que aprendemos que deve ser o percurso “normal” de alguém. Road Not Taken explora esta temática com uma aproximação pontilhista da narrativa, em que todos os seus elementos contribuem para conseguirmos ter uma noção mais abrangente do que se passa, ao longo de centenas de horas de jogo. Desconfiamos que também será uma estratégia para nos manter agarrados ao titulo durante dias a fio.
Ainda não sabemos como serão as mecânicas, mas desconfiamos que quando Road Not Taken for lançado ainda este ano, seremos pessoas muito mais felizes.
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