Antes de permitir espaço para qualquer tipo de resposta ou contra-argumentação deixem-me já avisar: gostar de Kirby é extremamente másculo. Digo-o isto não só por ser um metalhead (botas da tropa, pulseiras de cabedal, and the whole 9 yards) e não ter medo de admitir que Kirby é um dos meus guilty pleasures, como a realidade é que por trás da aparente simpatia e amabilidade da bolinha rosa da Nintendo existe um guerreiro feroz capaz de salvar reinos inteiros apenas com a força da sucção. Ok, talvez seja difícil de justificar o quão másculo algo é se utilizar “força de sucção” como argumento, mas prossigamos.
A bater a testosterona de Chuck Norris desde 1992.
Kirby é uma presença assídua em todas as consolas da Nintendo, não existindo uma única que não tenha pelo menos um spin-off da série. Mas esta dispersão contribuiu para que muitos jogadores não tenham tido a oportunidade de experimentar alguns dos clássicos, em especial os da SNES (quantas pessoas conheceram nos anos 90 que tivessem uma consola destas em casa?), e vos garanto: estão a perder grandes pérolas dos jogos de plataformas. Depois da recente campanha levado a cabo na Nintendo eShop que dispôs Kirby’s Adventure da NES a 0,30€ na Nintendo eShop da Wii U, é a vez de Kirby’s Dream Course (o jogo de golf de Kirby) e Kirby Super Star, ambos da SNES, chegarem à Virtual Console em promoção até dia 30 de Maio (promoção válida apenas para quem já tem Kirby’s Adventure na Wii U).
A Virtual Console tem contribuído para muitos jogadores que nunca tiveram acesso aos clássicos da Nintendo (e outros que os querem rever) de o fazerem nas suas mais recentes consolas. Ainda assim, o preço de 4,99€ para NES para além dos abusivos 7,99€ para SNES na Virtual Console pode ser um factor impeditivo à aquisição: quem sabe no futuro os jogos serão um pouco mais acessíveis financeiramente para os jogadores portugueses, porque a disponibilidade e universalização dos títulos, essa, já existe.
Comments (1)
[…] Como disse anteriormente, Kirby é um dos meus guilty pleasures, e um dos quais não abdico. Não só é um dos meus IPs da Nintendo favoritos, mas também um daqueles por quem construo os meus maiores muros de expectativas. Não só porque após mais de 20 anos é seguro dizer que as mecânicas da série estão mais do que aperfeiçoadas, como há algo de verdadeiramente fofo e agradável na bolinha cor-de-rosa com um impressionante poder de sucção. E admitamos: existe maior prazer ao espalhar o caos nos campos de batalha de Smash Bros. do que com uma figura esférica (tipo pastilha que tínhamos no fim de um gelado Epá) que pode “marretar” todos os adversários para fora da arena? […]