Xbox senta.

Nos artigos que cobrem um shooter moderno podemos sempre esperar duas menções: helicópteros a cair e prédios a tombar. Mas juro que a culpa não é nosssa, nem será falta de ideias. Não é que o raio dos jogos têm sempre destas coisas? Algures numa sala de reuniões, um projector aponta na parede elementos chave que deverão estar presentes para agradar ao alvo demográfico, e imagino que helicópteros e explosões estejam no topo dessa lista.

Leva-me para casa...

Leva-me para casa…

 

O último trailer de Call of Duty: Ghost fez-me um friozinho na barriga, na parte inicial, ao ver o que aparentava ser um cenário pós-apocalíptico. E porque não, seria um salto arriscado para a série, não particularmente original, mas que traria uma perspectiva diferente a uma franquia que, sejamos sinceros, já começa a chover no molhado. Infelizmente, o trailer agoira localizações mais citadinas, mais actuais. E também subaquáticas, com um helicóptero a cair, mas debaixo de água.

E cães. Não é segredo que os cães são adorados enquanto companions, particularmente do género RPG. Mas Ghost apresenta-os como uma feature de destaque. Como Fable e assim. Uma personagem com a qual iremos estabelecer um laço emocional forte, alguém com o qual nos preocuparemos. Porque normalmente em Call of Duty nos preocupamos com muito pouca gente, ou pelo menos, a quantidade de gente que interessa é mesmo aquela presente no racio K/D. A série já teve cães, sobre a forma de killstreak, mas o único laço emocional que existia, era entre as suas mandíbulas e as nossas partes baixas.

E no final do ano vamos então ver de que forma Call of Duty: Ghost nos vai puxar o sentimento. Com os canitos companheiros, com a música emotiva, com os prédios a cair, o elevado número de helicópteros por metro cúbico e as conversas amistosas que temos no voice-chat, com os amigos que fazemos a cada nova sessão de multiplayer. Fico contente por finalmente ter um jogo que tanto eu, como a minha cadela iremos apreciar, entretidos na sala a matar pessoas. E cães.

Xbox dá a pata.

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