Mario Kart 8 foi um dos melhores jogos que experimentei na E3 2013 (o melhor foi de longe Bayonetta 2). No terceiro e último dia da feira foi a nossa vez de sermos guiados pela zona VIP da Nintendo e de, ao lado de Jorge Vieira da Nintendo Portugal, experimentarmos tudo o que a marca nipónica tinha para oferecer.
O stand da Nintendo era um dos maiores, mais animados e mais originais da E3, com a possibilidade dos fãs tirarem fotos em cenários dos seus jogos favoritos, desde entrarem pelo cano verde de Mario dentro, ou de se sentarem num dos Karts ou no barco de Wind Waker. Por todas estas razões era também um dos mais concorridos e com as maiores filas de espera para jogar. Por isso agradecemos a possibilidade que a Nintendo nos deu de experimentar as novidades sem ter de esperar.
O primeiro de todos os jogos que experimentámos foi o novo jogo da série Mario Kart e aquele que promete, literalmente, virar o título de cabeça para baixo. Quem segue o Rubber Chicken sabe que muitos dos que aqui escrevem seguem a Nintendo desde a primeira NES e foi com as consolas e títulos da Nintendo que crescemos como jogadores. Daí que Mario Kart é uma das séries mais jogadas por nós e um dos títulos que mais expectativa nos causa.
Mario Kart não é só um jogo, mas sim também um género. Assim como os Metroidvanias, os jogos de Karting de outras editoras seguem a fórmula e a inspiração do jogo da Nintendo onde todas as bases de jogabilidade do género foram lançadas. Dos power-ups, ao equilíbrio entre uma mecânica de condução ao mesmo tempo precisa e divertida, Mario Kart é uma fórmula à qual se foram adicionando elementos mas nunca revolucionando aquilo que já era acertado. A maior revolução na série foi a inclusão do multiplayer online, tornando ainda melhor aquilo que já era divertido em ecrã dividido.
Sinceramente, só estava à espera de encontrar Mario Kart em alta-definição. A curiosidade da E3 é que nós sabemos menos do que aqueles que não estão na feira. O dia é passado entre apresentações de jogos e noites de 3 a 4 horas de sono, daí que só vamos sabendo sobre os jogos nos quais estamos presentes e a experimentar. Só no dia 12 é que percebi todo o alinhamento que a Nintendo tinha anunciado no dia 10. Daí que a mecânica da anti-gravidade era completamente nova para mim e apanhou-me de surpresa.
A demonstração permitiu-me jogar três pistas e em todas é a nova mecânica que salta à vista. O facto de os carros andarem pelas paredes, tectos e de a pista se ir enrolando e torcendo em si mesma proporciona momentos que vão do espanto ao riso. Se antes quando atirávamos as bananas para a frente tínhamos apenas de ter em conta a curva da pista, agora temos de ter em conta por exemplo os parafusos que a mesma faz.
A minha escolha foi sempre Donkey Kong e a sua mota (foi com Donkey Kong Jr. e não com Mario que começou a minha história Nintendo) e consegui ganhar as corridas todas, contra a consola. Aqui a prioridade é a diversão pois se quiserem competição então o modo online é onde o verdadeiro desafio acontece.
Visualmente o jogo está inacreditável com os níveis em 1080p a correrem a 60 frames por segundo sem um único problema e o facto de andarmos a enrolar na pista torna o jogo numa autêntica montanha-russa. A terceira pista que experimentei, inspirada em Luigi’s Mansion, chegou até a deixar-me tonto. Mario Kart 8 e Bayonetta 2 eram os jogos graficamente mais impressionantes de todas as novidades Wii U e levam-nos a crer que a narrativa da Electronic Arts de que a consola não corre o Frostbite 3 é uma questão de política e não de falta de capacidade.
O GamePad pode ser utilizado como controlo de movimento para simular um volante ou podemos utilizar os analógicos para uma condução mais tradicional. Isto pode ser trocado rapidamente com um toque no ecrã (mesmo durante a corrida) e o resto do ecrã é uma enorme buzina que podemos utilizar.
Quando pensávamos que a série Mario Kart só poderia ir pelo caminho de novos gráficos e mais personagens e power-ups, eis que a Nintendo dá a volta literal ao jogo e introduz um sistema de anti-gravidade que proporciona a condução nas paredes e no tecto. Pistas deste género não são novidade nos videojogos mas com a roupagem dos franchises da Nintendo são. Se os Mario Kart anteriores já eram dos melhores racers da indústria, então agora imaginem uma enorme montanha-russa em alta-definição onde 12 jogadores se batem entre si. It’s a Mario… with a twist.