O Rubber Chicken esteve perto de 1h30 a experimentar The Elder Scrolls Online, um espaço de tempo que pareceu voar perante tanta apresentação durante a E3 2013. Ainda em versão Beta, o primeiro MMORPG publicado pela Bethesda Softworks e que molda a série no mundo fantástico de Tamriel, já se mostra capaz de não decepcionar ou transtornar a experiência a que estamos habituados da série The Elder Scrolls. No dia de revelação deste Massively Multiplayer, dividiram-se as opiniões com receio que pudesse alterar a experiência do jogo, por tratar-se de uma aventura épica e “nossa”. Só nossa, sem ter saltitões à nossa frente a repetir com som angustiante “be my friend, be my friend, pleeeease”. Felizmente, em Elder Scrolls Online esses convites serão limitados, não sendo possível convidar alguém que já está numa outra party. Estes convites acontecem quando nos cruzamos com outros jogadores, sendo também possível a troca de itens, por exemplo.
A tentação ao encontrar outros jogadores espalhados pelo mapa era de cortá-los ao meio com uma espada, mas não era permitido qualquer dano a outros jogadores online. Se após a Beta será possível? Sim, será, e não vai faltar pilhar o que é dos outros ou deixar apenas um pãozinho. Já se viam alguns jogadores pelo mapa em quests, a explorar próximo de uma cidade ou a matar gargoyles. Acedemos a quests, matamos gargoyles como todos, até que nos fartamos e fomos ao ritmo do vento pelos montes de Tamriel. Este vento levou-nos até à grande cidade de Daggerfall.
O intuito era perceber até onde nos podia levar esta aventura, mesmo em versão Beta, e fomos brindados com uma paisagem de perder a vista no cume de um monte. Lá em baixo encontrava-se um barco atracado e não era só feito para decoração. Entrámos no barco, pilhamos o que conseguimos em modo furtivo, saímos e fomos até à cidade. Muitos NPC tinham algo para dizer, pedir, suplicar, recitar até nos envolverem numa trama que nos levaria por outros caminhos. Quisemos explorar mais e encontramos uma masmorra, com uma porta típica deste universo, onde entramos e percebemos estar ocupado por feiticeiros. Entramos pela calada, tentando evitar os dotados de magia para apenas explorar a masmorra, mas o caminho escuro não era ainda suficiente para esquivar-nos. Com a espada e escudo inicial, o primeiro confronto foi difícil, até abrir o inventário e trocar por uma espada maior que o nosso corpo. Empunhando esta grande espada (greatsword), a experiência de combate alterou-se consideravelmente: nos movimentos, na acção e nos danos causados. Estando a comandar um Orc, nada como uma grande espada.
Além das armas, das quais podemos empenhar o que considerarmos ao nosso estilo, temos poderes mágicos e tácticos que escolhemos numa árvore de habilidades em três partes: combate, armadura e magia. O sistema de skills é diferente que os outros jogos da série, e parece moldado para criar uma personagem única, com novas habilidades mágicas nunca antes vistas e com um visual atractivo. Não sabemos se Fus-ro-dah será incluído.
Mesmo antes de começar a explorar Tamriel, tivemos de escolher uma raça entre 9, das quais três estavam disponíveis: Orc, Breton e Redguard, do pacto/aliança Daggerfall. Não disponíveis mas apresentadas estavam as Alianças Ebonheart com Nord, Dark Elf e Argonian; Aldmeri Dominion com High Elf, Wood Elf e Khajiit. Cada uma das raças possuem habilidades especiais, visando escolher os skills exclusivos de acordo com a classe e a raça, sendo possível com o tempo forjar a personagem consoante desejarmos. E por muitas opções que tivéssemos, muitas estavam bloqueadas nesta versão Beta, mas já bastavam para entender que as opções de personalização irão mais longe do que Oblivion e Skyrim.
No entanto, não esperem uma qualidade gráfica como Skyrim, mesmo sendo jogado com o melhor computador, porque trata-se de um MMO. Mesmo assim, ultrapassa em grande escala os mais jogados multiplayers online e não se confunde com outro universo. Está bem presente o selo da Bethesda e o continente de Tamriel será explorado sem perder a graça divina. Não só Skyrim, não só Daggerfall ou Morrowind. Algumas zonas poderão não estar disponíveis, poderão chegar em expansões ou serão reduzidas, mas já se prevê muitas horas a explorar cada canto do continente. Para alguns, vão esquecer a vida como a conhecem.
The Elder Scrolls Online é a próxima geração de MMORPG que vai beber influências de Skyrim e dos clássicos da série. Jogado em terceira ou primeira pessoa, esta beta já demonstra qualidade suficiente para prever os milhões de jogadores ao encontro de uma aventura e exploração épica.
http://www.youtube.com/watch?v=q_s-olqy_YM