Peça a peça, a TT Games continua a levar cada vez mais longe a colaboração digital com a LEGO. Marvel Super Heroes promete ser no entanto o jogo mais ambicioso da produtora, não só pela escala como também pelo número de personagens com mecânicas de jogo diferentes.
No stand da Warner eram muitas as referências à LEGO, desde construções de bonecos gigantes do universo de Chima até um enorme poster com as personagens da Marvel (para além dos jogos de LEGO Friends entre outros) e foi ao lado de um representante da TT Games que experimentámos dois níveis de Super Heroes.
A maior novidade saltou logo à vista e de que maneira. Super Heroes introduz Bigfigs, figuras três a quatro vezes maiores que as outras. No primeiro nível que experimentámos, naquela que seria uma representação da Grand Central Station, podíamos controlar o homem de ferro ou o incrível Hulk. Por mais que Tony Stark possa espalhar carradas de charme, agarrei-me logo ao Hulk e à sua fúria destrutiva para, claro está, começar a destruir o cenário e apanhar studs. O responsável da produtora começou a rir-se e comentou que eu já jogava aqueles jogos. Qualquer fã sabe que a destruição do cenário é o primeiro impulso.
Muitas formas de jogar
Os jogos anteriores da TT foram-nos habituando a várias personagens cada uma com as suas diferentes capacidades e foi em Batman 2 que esta variedade foi mais longe. No entanto, Marvel Super Heroes quer ir muito mais longe e proporcionar dezenas de mecânicas diferentes a cada personagem. Nesta demonstração jogámos com três personagens. Começámos com Hulk e Homem de Ferro e mais tarde juntou-se o Homem-Aranha. Entre estes três as mecânicas eram completamente diferentes.
O Hulk, para além de usar os punhos pode saltar no ar e aterrar com uma enorme onda de choque, ou então transportar e atirar enormes objectos. Mas o melhor é transformar o Hulk em Bruce Banner e vice-versa que causa sempre o riso e é necessário em certas secções do jogo, aumentando a complexidade até dentro de um só personagem. O Homem de Ferro para além de voar pode disparar energia a partir das luvas ou então evadir-se rapidamente dos ataques usando os propulsores. Já o Aranha para além de navegar pelo cenário de teia em teia, pode escalar paredes, atirar projectéis de teia, e usar o seu sexto sentido para descobrir zonas que os outros personagens não conseguem detectar.
Agora imaginem mais de 100 personagens prometidas que são super-heróis cada um com a sua capacidade: as chamas do Tocha, a elasticidade de Mr. Fantastic, as garras de Wolverine, o escudo de Capitão América, o martelo de Thor ou a genica da Víuva Negra, e este novo jogo leva a diversidade a níveis que a TT nunca atingiu. Perguntei se outra das Bigfigs era o Coisa e a pessoa da TT Games riu-se e disse que não podia responder.
A cidade que nunca dorme, em LEGO
Os dois níveis que jogámos eram secções “interiores” do jogo, uma em Grand Central Station e outra nos telhados de Nova Iorque que acabam no entanto por ser cenários muito detalhados. Em ambos os níveis estamos a travar uma luta com Sandman e é impressionante o trabalho com partículas executado, pois em vez de areia Sandman é feito a partir de centenas de studs e peças, sendo no nível dos telhados um enorme vilão. Para passar qualquer secção temos de ir trocando entre os personagens e estas secções interiores acabam por funcionar como pequenos puzzles em que cada personagem tem uma ou mais funções para executar, não nos permitindo a “batota” de fazer tudo só com uma figura. Foi nesta altura que convidámos outro jornalista a juntar-se a nós e começamos o modo cooperativo. De regresso está a linha diagonal que atravessa o ecrã e que aparece sempre que os personagens se distanciam entre si, permitindo liberdade de movimentos aos dois jogadores. A segunda jogadora ou jogador podem entrar e sair do nosso jogo sempre que quiserem.
Mas para lá destas secções interiores em que novamente a câmara está trancada o responsável prometeu uma enorme Manhattan jogável com controlo livre de câmara, e que pode ser equiparada à enorme “caixa de areia” de LEGO City Undercover. A TT afirma ter aqui um dos maiores cenários de jogo da série.
Esta demonstração permitiu-nos perceber que LEGO Marvel Super Heroes pode muito bem tornar-se no melhor jogo que a TT Games já lançou e aquele que vai proporcionar mais diversidade de cenários e formas de jogar, com mais de uma centena de personagens do universo Marvel, mas cada uma com poderes diferentes. Com secções interiores onde acontecem grandes eventos como enormes estruturas a entrarem nos cenários ou lutas épicas com enormes vilões, é na Nova Iorque em modo aberto que mais queremos jogar. Como sempre, haverá muito para destruir, e muito mais ainda para desbloquear.
O jogo é lançado em Outubro para todas as plataformas da actual geração e para PS4 e Xbox One em Novembro.
http://youtu.be/xDP-5aUZHIw
Comments (1)
[…] Na antevisão da E3 já tínhamos referido a deliciosa transformação de Hulk em Bruce Banner e vice-versa, assim como as fantásticas mecânicas do Aranha e do Homem de Ferro. Na Gamescom o maior destaque foi para Sr. Fantástico e para as suas capacidades de se transformar em vários objectos graças ao poder da elasticidade. Reed Richards é um mágico da transformação podendo “teleportar-se” entre locais, passando literalmente “de fininho” por entre estruturas; transformando-se num enorme alicate de corte para vencer obstáculos como correntes e cadeados; ou assumindo a forma de uma enorme chave de fendas para abrir estruturas e passagens. Escusado será dizer que os seus braços e pernas extensíveis são de uma eficácia tremenda no derrube de inimigos. Como curiosidade, Fantástico pode ainda transformar-se em “fantásticos” objectos como um bule de chá que nada servem para a jogabilidade, mas têm a sua graça. […]