Durante a E3, tivemos três apresentações Disney Infinity. Pouco depois de chegar a Los Angeles, fomos convidados a um pré evento da Disney no The Regal Cinemas – Uma sala de cinema com condições como nunca vi presencialmente – bem perto do Convention Center. Vimos mais de meia hora inicial do Filme Monsters University e o início do Filme The Lone Ranger: Duas das grandes apostas cinematográficas da Disney e que vão incluir conteúdos destes em Disney Infinity. A Disney/Pixar aposta assim, também, em promover o jogo pelo filme e o filme pelo jogo, porque estas apresentações tiveram uma razão de ser: conhecer mais de perto as personagens que seriam incluídas no universo Infinity.

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Nessa apresentação não foi permitido entrar com qualquer dispositivo de gravação na sala de cinema, mas após sair da sala tivemos um tempinho para ver de perto a jogabilidade de Disney Infinity e que o Rubber Chicken gravou em exclusivo nesse mesmo dia.

Durante a E3 tive duas apresentações de Disney Infinity onde finalmente pude experimentar com as próprias mãos o jogo e olhar para as funcionalidades, as personagens, os Play sets e os Power Discs quando inseridos e sobrepostos (até 3 Power Discs) em cada ranhura da plataforma Infinity.

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A ideia de Disney Infinity é incorporar brinquedos reais/bonecos num mundo virtual, onde tudo (ou quase tudo) é possível. Não há limites e veremos como mais à frente. Este Universo é dividido por vários universos ou mundos de franchises da Disney, com Play sets como Os Incríveis; Monster University; Piratas das Caraíbas, Cars ou The Lone Ranger. Podemos jogar dentro desdes mundos ou juntar tudo numa Toy Box.

Play Sets

Os brinquedos (e não propriamente personagens ou pessoas) vêm num pack “Play Set” que inclui mundos pré-definidos de acordo com os brinquedos, jogos e quests. Inicia-se um Play Set cada vez que se coloca um brinquedo numa ranhura na plataforma infinity. Numa mesma ranhura, não podemos ter ao mesmo tempo um brinquedo e Power Discs ou Power Ups, que são diferentes objectos que os Power Discs.

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Tive oportunidade de experimentar o Play Set de The Lone Ranger, anunciado durante o pré evento E3. Este vai ao encontro do filme: Western, Cavalos, Corridas de cavalos, Comboios, Aventura. Dito por alto, claro. Num mesmo jogo podemos alterar entre The Lone Ranger e Tonto (Johnny Deep), onde a liberdade é um dos trunfos como encontramos na Toy Box. Bastante liberto e com muito para fazer, explora-se este universo colectando moedas que vão servir para comprar variados utensílios e cavalos, por exemplo. Comprado o cavalo, fui explorar um pouco e acedi a uma das missões que consistia numa corrida com o cavalo. Estas missões podem aparecer pelo mapa ou outros personagens podem dar-nos tarefas ou pedir ajuda. Estas missões e tarefas pareceram ser simples e directas, algumas com a necessidade de procura e exploração. Durante a apresentação tentei afastar-me ainda mais, mas percebi que um PR da Disney teve algum receio do que pudesse encontrar. Mesmo assim, confirmou-me que o mapa seria extenso e com surpresas bastante encorajantes para continuar a exploração. “Mas, deixe-me só ir até àquele fogueira. Muito bem, queima. Deixe-me agora subir pelos telhados (que grandes acrobatas), pelos comboios, tentar matar o cavalo, matar pessoas, que giro… Elas morrem e dão moedas! Fico satisfeito!”

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A Toy Box.

A Toy box é a melhor parte de Disney Infinity, onde as opções são infinitas, os utensílios nunca mais terminam e é um convite ao “Façam o que vos apetecer”. Podemos até criar o nosso próprio jogo com ferramentas visuais que os próprios programadores utilizam na Avalanche Software, empresa que desenvolve Disney Infinity e publicado pela Disney Interactive Studios. Podemos escolher o cenário da cinderela ao mesmo tempo que andamos de skate pelas plataformas com Randy Boggs. Podemos trocar pelo cenário de Nemo, onde tudo se transforma num oceano enquanto andamos em cima de Dumbo com Jack Sparrow. Podemos transformar Dumbo num gigantão e tornar Jack Sparrow numa miniatura, andar na mesma em cima do elefante, disparar a nossa arma de lava ou outra arma entre muitas e evitar melhor os adversários. Podemos ter os adversários que quisermos, quando quisermos, como quisermos e onde quisermos. Bem, como tudo. E isto, sem sair do jogo.

A Toy box é completamente editável e podemos convidar amigos onde podem estar todos a transformar ao mesmo tempo (a desfazer ou ajudar a criar) este nosso mundo que criamos. As criações dos jogadores serão disponibilizadas para o mundo inteiro, após uma avaliação prévia destas criações pela Disney para manter a qualidade, filtando os conteúdos.

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A imaginação não terá limite.

Fiquei bastante impressionado pelo que experimentei e observei depois e durante a apresentação à porta fechada,  desta vez a convite da Sony. Já não tinha perguntas pelo que tinha visto anteriormente mas, mesmo nesta terceira apresentação, vi muito de novo. Novo, porque as opções são imensas. Quando dizem que não há limite, é não só pelas imensas ferramentas disponíveis, como é também pela maneira como dispomos estas ferramentas e utilizamos criativamente. Bastará uma ferramenta para alterar um jogo, as regras do jogo e toda a experiência do jogo. Bastará um meio de transporte ou uma arma para alterar por completo a experiência, ou mudar o cenário para sentirmo-nos noutro universo. Bastará estar com um amigo, até 4 permitidos online, para elevar a diversão a outro nível.

Disney Infinity é como trazer a Disneyland para a palma das mãos. Tudo será possível, no sentido de haver intermináveis opções e podermos criar o universo que quisermos. A Disney encontrou ou está prestes a encontrar uma nova forma de jogar, com criatividade e imaginação. E com todo o universo Disney/Pixar, será certamente um interessante produto que vai dar muito que falar.

Fiquei com vontade de ter toda a colecção de Play Sets.