Quando a PlatinumGames mete a mão no desenvolvimento sai exagero e diversão garantida. Há um ano experimentámos The Wonderful 101 num showcase pós-E3 que a Nintendo organizou em Lisboa e achámos o jogo confuso, mas um ano depois, em Los Angeles, experimentámos uma versão polida e afinada daquele que foi um dos jogos mais divertidos da feira. Pancada, é com estes senhores. À centena.
Embora tenha sido necessário inventar um género de jogo novo (Unite Action) a premissa do jogo é simples. Jogamos com Wonder-Red, um super-herói cujo maior poder é o de persuasão. Wonder bate qualquer anúncio de televendas e devia constar em todos os manuais de marketing pois consegue atrair atrás de si 100 pessoas para todo o lado. Ao longo dos níveis, tentamos reunir em nosso redor o máximo de pessoas para nos seguirem, cidadãos do dia-a-dia e comuns mortais que pelo poder da comunidade se transformam em heróis capazes de se transformar em enormes armas.
Através do desenho de formas no GamePad da Wii U ou desenhando com o analógico conseguimos configurar a população que nos rodeia em enormes armas. E quanto maior for o desenho maior será o comprimento e potência de ataque. Desde espadas gigantes feitas de pessoas, a enormes chicotes ou pistolas vale tudo para aniquilar os enormes robôs que vão invadindo as pacatas ruas da cidade. É surpreendente a facilidade de desenhar estas formas com o comando analógico, pelo que não temos que estar constantemente a recorrer ao ecrã táctil se não quisermos.
Joguei a dois jogadores com o responsável da Nintendo Portugal e duas emoções foram constantes: o riso, e o espanto perante o impacto dos ataques. É como se a Platinum tivesse ido à feira popular e criado mais um dos seus jogos de combate em esteroides, mas este aprovado para a família. Não há nada melhor que um jogador distrair um gigantesco inimigo com uma espada enquanto o outro por trás dispara balas de uma pistola várias vezes maior do que o personagem que a segura. O feedback do impacto dos ataques é enorme, viciante e acção é frenética e non-stop.
Os inimigos alienígenas parecem misturar o DNA absurdo e alucinado da Platinum com o desenho colorido da Nintendo e já era enorme a variedade de formas e formações que enfrentámos na demonstração. Porém, conhecendo a produtora, fica a certeza que só levantámos um pouco do véu do amplificação constante que aí vem.
The Wonderful 101 cresce a cada novo momento em que podemos estar com ele e contra as nossas preocupações parece agora ser um dos melhores títulos de combate (ou Unite Action, já agora) do ano. Está prometido um modo cooperativo com 5 jogadores e upgrades sem tem de sair do ecrã principal. Felizmente, ao contrário de Bayonetta 2, não temos que esperar pelo ano que vem. Em Setembro todos nós, e mais 100, já podemos salvar Blossom City e a Terra, Platinum-style.