Sempre imaginei que o próximo shooter anunciado pela Bethesda seria Doom 4. Um, pelo que resultou do jogo RAGE em ambiência, dois, pela reutilização da tecnologia id Tech 5. Rage mereceu atenção redobrada por este novo motor de jogo e que produzia criaturas que dava a entender a aproximação a um próximo título da Série Doom. Não me enganei no sentido de Doom 4 estar a ser produzido com este motor de jogo, mas enganei-me a pensar que veria Doom 4 no seguimento de RAGE. Com id Tech 5, antes de Doom 4, veremos primeiro The Evil Within e Wolfenstein: The New Order. Pensavam como eu, que seria primeiro Doom 4?

Quem jogou RAGE poderá ter uma ideia do que esperar deste motor e como até hoje teve significativas melhorias após a conclusão de RAGE, mais quando falamos em nova geração. Wolfenstein: The New Order verá essas significativas melhorias, mas pelas mãos da MachineGames e não da Id Software, a anterior produtora da série Wolfenstein, Doom e Quake. Serão os criadores de Riddick e Darkness a continuar com a série Wolfenstein, e parece estar em boas mãos.

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Wolfenstein: The New Order procura coisas do passado com o potencial do presente. Vai buscar pormenores dos clássicos shooters e afasta-se um pouco do habitual shooter que podem considerar-se simuladores e que parecem todos iguais. À primeira vista, Wolfenstein: The New Order parece ser mais um ao lado de outros de ficção científica, e se o juntarmos a todos àqueles que já jogámos até ao momento. Este pensamento ultrapassa-se com uma melhor avaliação, retrocedendo no tempo e identificando alguma influência de jogos anteriores criados pela mesma empresa: Darkness e The Chronicles of Riddick. Retrocedemos ao passado, numa talvez outra realidade paralela em que Hitler não tomou aquele comprimido para dormir eternamente. Em vez disso, os Nazis ganharam a guerra com armas secretas e dominaram o mundo a rapar cabeças, dar banhos gratuitos e fritar entrecosto. Bem, também com a tecnologia que possuíam. Retomamos na pele de ‘B.J.’ Blazkowicz, o mesmo protagonista da série Wolfenstein para dizer-lhes que vão mas é fritar a cabeça de balas.

Retoma-se ao passado também pela relação aos antigos shooters. Podemos carregar todas as armas ao mesmo tempo, ter uma em cada mão, usar a arma esquerda com o botão esquerdo e vice-versa,  enquanto ao abrir o menu representa o mesmo quadro como o conhecemos desde há muitos anos. Não aquele menu circular em que temos de largar uma arma para conseguir transportar outra, mas aqueles rectângulos dividindo por tipo de armas e que aparecem à medida que as colectamos. Old-School!

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Armas de fogo e armas de energia, pequenas e grandes, tímidas e devastadoras. E como não vão faltar armas, também não vão faltar balas. Enquanto joguei, não faltaram armas por experimentar e usar contra os Nazis, Nazis revestidos de armadura pesada e robôs. E não são robôs de fazer festinhas, porque abater um requer muita bala e canhão. Os Nazis estão apetrechados de tecnologia que, em 1960, após segunda guerra mundial (quando decorre Wolfenstein: The New Order), não deveria existir. E somos nós contra este exército de cães amestrados, raivosos e de inteligência artificial que vai além do natural. Os adversários têm um comportamento inteligente ao tentar surpreender-nos pelas costas e ganhar vantagem no terreno. Também os robôs posicionam-se de forma a terem um raio de visão para acertar-nos quando estamos, por exemplo, numa plataforma acima ao tentar aproveitar um ângulo mais favorecido que o deles. Porque não sobem simplesmente as escadas? São grandes e não cabem da parede ao corrimão.

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Mais Old-School é o sistema de Vida. Sentia balas cravarem no corpo e demorava a morrer, não por estar constantemente a encontrar medikits, mas por abrigar-me atrás das paredes ou outros obstáculos para evitar ser cravado até morrer. A barra de vida é reposta durante a cobertura e dá-nos tempo para repensar na estratégia. Também dá para desesperar dependendo do local onde nos encontramos, porque aos poucos o ambiente destrutível começa a ficar quase sem cobertura. Aquela coluna que nos abriga poderá ficar desfeita num instante, a tensão poderá mostrar a veia da testa e iremos chamar a mamã se não tivermos uma boa dose de adrenalina no sangue. Aliás, adrenalina não vai faltar em alguns momentos, como não vão faltar aqueles instantes de andar devagar e calmamente até espetar a faca num pescoço tatuado com a cruz nazi.

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Com força bruta, sentimos esta força no comando no tresmalhar de balas atrás de balas. Sem pena nem piedade, porque as máquinas de guerra também não terão. O que senti ao jogar o novo jogo da Bethesda foi controlo puro e duro, em êxtase ao segurar armas de fogo da época misturadas com tecnologia irreconhecível. Não vi qualquer factor ou habitat paranormal, como no anterior Wolfenstein, mas algo de estranho nos espera.

“Desmoraliza o inimigo com surpresa, terror, sabotagem, assassinato. Esta é a guerra do futuro.” Adolf Hitler

Bastará esta citação acima descrita de Hitler para também entender Wolfenstein: The New Order. Verá o seu lançamento para Xbox 360, PS3, PS4 e Xbox One.

http://www.youtube.com/watch?v=9hH-UiSzD1Y