Este estúdio Australiano parecia mais um dos patinhos feios da indústria na sua primeira década de existência. A Halbrick, fundada em 2002, começou por executar o trabalho que paga as contas mas não alimenta a alma, com adaptações de propriedades maiores em jogos menores para plataformas mais pequenas.
No entanto, em 2010, algo deve ter mudado na forma de gerir a empresa porque num só ano o estúdio mudou de estratégia e apostou em criações originais para lançamento digital, revelando o cisne branco que havia em si. Com algumas das suas novidades surpreendeu pela excelente qualidade de jogos pequenos como Age of Zombies, Blast Off, Monster Dash, ou Raskulls. Mas não fosse isto suficiente para um pequeno estúdio a tentar novas ideias, a Halbrick lançou ainda Fruit Ninja e ajudou a definir o futuro do iPhone como uma das “consolas” de jogo principal. O franchise de chacinar fruta foi adaptado a tudo quanto é ecrã, contando até com versões arcada de salão com sensores de movimentos ou ao Kinect da Microsoft, mas foi o cruzamento do jogo com Puss in Boots que colocou muito capital a entrar no estúdio.

Sim, existe uma versão arcada.
No entanto, os responsáveis não se deixaram enamorar pelos cifrões no sentido de quererem começar a criar o próximo Halo, continuando a apostar numa delicada e trabalhada mistura de muita atenção aos pormenores com mecânicas de jogo afinadas ao extremo, simples de usar e muito viciantes. Jetpack Joyride é um claro exemplo de um jogo “gratuito” que coloca quem o joga frequentemente a gastar muito dinheiro. Isto deve-se não só ao efeito viciante do jogo mas também a uma enorme identificação conseguida entre as jogadoras e jogadores e as tentativas de Barry em chegar cada vez mais longe. Isto só se consegue com muita atenção no desenho de jogo.
Fish out of Water mostrou mais uma vez que o estúdio pretende sempre experimentar coisas novas em cada lançamento e é por isso que Colossatron está a prometer ser um dos jogos a estar atento este ano. Em primeiro lugar estamos aqui perante mais um jogo de um estúdio que ultimamente não falha; depois estamos perante um nome deliciosamente épico com Colossatron: Massive World Threat; em terceiro, e mais importante, porque estamos perante um jogo que parece misturar os conceitos do Snake, com o Zuma, e com um Shooter.

Como era antigamente.
A Halbrick contou na PAX Australia que largou 20 protótipos até chegar às mecânicas que iriam definir o novo jogo que nos coloca uma gigante serpente robô nas mãos e à qual vamos adicionando elementos de cor que quando combinados se transformam em armas cada vez mais poderosas. Mas bastava terem lançado este trailer tão Masters do Universo meets Thundercats que nós já ficávamos satisfeitos.