Tenho de admitir que a série Ace Combat me passou completamente ao lado até há um ano atrás, quando antes de ir de férias resolvi fazer uma importante side quest na minha vida de gamer. Fiz download de todas as demonstrações de jogos que nunca tinha experimentado existentes na Xbox Live e levei a consola três semanas comigo. Todos os dias, despachava uns quantos e decidia quais queria adquirir e continuar a jogar. Foi assim que descobri a série Ace Combat (que teimava em ignorar ao longo dos anos) e que tive uma agradável surpresa.

Desse Verão foi um passo até estar na Amazon a encomendar Ace Combat: Assault Horizon, um jogo que me devolveu o prazer com aviões, algo que se contou até hoje pelos dedos. A verdade é que só existiram até hoje cinco jogos aéreos nos quais passei horas a fio. Experimentei muita coisa durante todos estes anos, mas os reinado dos céus pertence a After Burner (1987, Arcade), F/A-18 Interceptor (1988, Amiga), Crimson Skies (2000, PC), Sky Odyssey (provavelmente o melhor jogo de aviões de sempre, 2001, PlayStation 2) e, acreditem se quiserem, Snoopy Flying Ace (2010, Xbox 360).

A minha cópia de Sky Odyssey está guardada num cofre refrigerado num bunker secreto em Lisboa protegido por um pequeno exército.

A minha cópia de Sky Odyssey está guardada num cofre refrigerado num bunker secreto em Lisboa protegido por um pequeno exército.

 

Assault Horizon, mesmo com uma campanha repetitiva, devolveu-me o gozo do combate de acção nos céus e foi um dos meus jogos preferidos de 2012. O jogo costuma encontrar-se como pechincha em muitos locais, normalmente perto dos 10 euros, mas há mais barato, muito mais barato. É que Ace Combat prepara-se para entrar no universo “torna-te milionário ou enterra-te” do free-to-play.

Ace Combat Infinity é a primeira incursão da série nos jogos gratuitos com micro-transações, naquele que vai ser um exclusivo PlayStation 3 para download digital. Não sabemos que acordo existiu entre a Sony e a Namco Bandai, ou quanto dinheiro andou a passar por debaixo da mesa, mas não deixa de ser curioso que este exclusivo apareça pouco tempo depois de a Microsoft ter anunciando que World of Tanks será lançado para a sua máquina.

BAM!

BAM!

 

Quem passava pelo stand da Wargaming na E3 em Los Angeles ficava abismado com a enorme dimensão com que a companhia se posicionou no evento e neste preciso momento a empresa está a comemorar 15 anos e a levar jornalistas de todo o mundo até à Rússia para brincarem às guerras. Este tipo de fogo-de-artificio de relações públicas só é possível quando existe muito dinheiro envolvido o que prova que o free-to-play quando acerta torna-se numa propriedade geradora de milhões. É provavelmente esta a aposta da Namco Bandai, e com uma série que foi conquistando muitos fãs ao longo dos anos as perspectivas são sorridentes.

Só esperemos que isto não vá resultar em anúncios na televisão portuguesa com uma voz grossa a dizer: CAÇAS!