Mais um ano de GT Academy, mais uma oportunidade de milhares de portugueses tentarem a sua sorte numa competição organizada pela Playstation e pela Nissan que transcende o acto de jogar numa consola. Esta competição é mais do que um campeonato em que cada participante compete escondido na sua sala ou quarto, no conforto e protecção do sofá. No Circuito do Estoril neste último Sábado, os 10 finalistas portugueses passaram por provas de condução e provas físicas e anímicas, para além da competição nas cabines Gran Turismo.
A única coisa que igualava a intensidade do vento que se fazia sentir no Autódromo, que serpenteava com frequência a gadelha da Galinha, era mesmo o tremendo arranque dos finalistas durante as provas de condução, constatado no asfalto pelas marcas de fricção que enfeitavam a área de partida.
Com um nível de exigência cada vez maior, e em relação às edições do passado, o GT Academy 2013 obrigou os finalistas a provas de corrida e esforço em pleno Circuito. Um dos mais importantes desafios, muitas vezes subvalorizado pelos concorrentes é o teste de perguntas e respostas, em conferência, em que cada finalista foi obrigado a falar sob a pressão das câmaras, em português e inglês. Porque competir a nível profissional implica não só uma condução afinada, como também a capacidade de suportar pressão de centenas ou milhares de pessoas de olhos postos sobre si. Ou de outra forma, estar sob a pressão das câmaras e de perguntas que podem muito bem embaraçar os menos preparados.
Do conjunto das provas físicas, de conferência e de condução com que os finalistas se depararam, três tiveram a oportunidade de pela primeira vez, conduzir em pleno Circuito do Estoril, num derradeiro desafio para apurar quem teria acesso ao mítico Race Camp de Silverstone. Sob o olhar atento de Hugo Gonçalves, que atingiu um excelente 3º lugar em Silverstone na edição do ano passado, e que esteve este ano a acompanhar e aconselhar os novos participantes, foram encontrados os dois finalistas: Francisco Pereira e Miguel Faísca.
Já o ano passado ficamos com a clara certeza de que GT Academy ultrapassa qualquer típica competição de videojogos. Aquilo que é pedido a cada um dos participantes é muito mais do que a destreza de controlar um bólide virtual, com comando ou preferencialmente volante. É pedido mais que tudo paixão, empenhamento, trabalho e também sacrifício. Paixão pelo mundo da condução e tudo o que o rodeia; trabalho e empenho de forma conseguir ultrapassar limites, seja no domínio do jogo, na capacidade e responsabilidade de conduzir um veículo de alta cilindrada ou enfrentar as câmaras com perguntas e respostas em língua inglesa; e finalmente sacrifícios, físicos e mentais, com uma preparação que transcende a capacidade de ficar horas a fio em frente a uma televisão, avaliando cada pormenor de cada pistas, de cada carro ou controlo.
GT Academy exige que cada participante se torne num piloto de alta competição, e esse é o objectivo no horizonte. E acreditem, é tão difícil como parece. Parabéns a todos os participantes, finalistas e principalmente aos vencedores que irão marcar presença em Silverstone. Contamos convosco!